Jovem perde bebê no Hospital Regional e família acusa negligência em atendimento
Jaqueline deu entrada no Hospital às 10h, encaminhada pelo Posto de Saúde, e após passar o dia sentada no corredor foi informada depois das 20h que o bebê que estava em sua barriga havia falecido
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Jaqueline deu entrada no Hospital às 10h, encaminhada pelo Posto de Saúde, e após passar o dia sentada no corredor foi informada depois das 20h que o bebê que estava em sua barriga havia falecido
A jovem Jaqueline Gonçalves Espíndola, 28, perdeu o bebê, ontem (14) no HR (Hospital Regional), de acordo com a família, por negligência médica. A prima de Jaqueline, Maira Chaves, 39, informou que ela já estava de 40 semanas, quando deu entrada no hospital por volta das 10h da manhã. Jaqueline foi encaminhada pelo Posto de Saúde, pois o coração do bebê estava com batimentos fracos. Ao chegar ao HR, passou por um ultrassom, ficou sentada no corredor e só foi avisada que seu bebe estava morto às 16h. Questionado, o médico disse à Maira que teria que espera de quatro a sete dias para que o corpo de bebe – que já estava morto – fosse retirado da barriga de sua prima.
“Há duas semanas ela estava com os sintomas de que já estava para ganhar o bebê, mas ela dizia que a médica pediu para esperar até o Dia das Mães, para então se não nascesse, fazer a cirurgia”, explicou Maira. Jaqueline vinha reclamando de dores na barriga há quase uma semana e ia ao Posto de Saúde, mas era orientada a voltar para casa. “Na segunda-feira (14) bem cedo ela voltou ao posto e a médica disse pra ela que o coração do bebê estava batendo bem fraquinho e que ela deveria ir urgente pro Regional”, afirmou a prima de Jaqueline.
De acordo com Maira, ao chegar ao hospital foi feita um ultrassom em Jaqueline e depois disso deixaram ela sentada, até a noite, quando foi dada a notícia de que seu bebe estava morto. “Eu cheguei lá a noite e ela me disse que estava sentada no mesmo lugar desde as 10h. Não colocaram ela deitada, nem soro deram. Fui a atrás do médico e depois de muita espera consegui falar com ele. Se já sabiam que o bebê estava morto desde cedo, por que não atenderam ela logo?”, desabafa.
Médico disse que teria que esperar o bebê sair sozinho
Ao ser questionado sobre a situação de Jaqueline, a prima conta que o médico foi muito grosso e se restringiu a dizer apenas que o bebe tinha falecido e que agora era esperar de quatro a sete dias para o bebe sair e que se ela não estivesse satisfeita, que assinasse um documento e levasse Jaqueline embora. Ele disse ainda que a cirurgia era muito arriscada, pois não sabia qual era o grau de infecção, já que ainda não tinha feito qualquer exame na paciente.
Revoltada, Maira ameaçou chamar polícia e somente a partir daí Jaqueline foi colocada em uma maca. “O médico me levou e uma salinha e disse que não podia fazer cirurgia, porque não sabia se tinha infecção e que a partir daquele momento é que ele ia começar a tomar alguma providência. Foi um descaso com a Jaque, ela estava com dor de cabeça, pressão alta, sem contar que é tão triste pra uma mãe passar por uma situação dessas”, afirmou.
Somente hoje pela manhã – cerca de 24 horas após atestarem que o bebê tinha falecido – foi feito um procedimento cirúrgico para retirar o corpinho da barriga da mãe. Maira disse que a família está indignada, porque Jaqueline fez todo o pré-natal, o bebê estava em perfeitas condições e por negligência, veio a óbito. “Agora vai ser feita a autópsia pra ver se passou do tempo, mas nós vamos atrás da autoridades para descobrir o que houve de errado”, concluiu.
Procurada pela reportagem, a direção do Hospital Regional explicou que as informações sobre o assunto serão repassadas apenas à paciente e aos familiares. O diretor, Ronaldo Perches, informou ainda que caso a família queira mais esclarecimentos, deve se dirigir a ouvidoria do Hospital Regional e prestar queixa, para que posteriormente, seja apurado se houve qualquer irregularidade no atendimento.
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