JBS convoca Acrissul para conversar e se compromete a vender frigoríficos inativos

O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, declarou que o frigorífico JBS convocou uma reunião na última segunda-feira com os representantes da Acrissul, Acrimat (Associação dos criadores de Mato Grosso) e criadores de Goiás. “Nós representamos cerca de 50% do gado de corte do País e então estabelecemos […]

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O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, declarou que o frigorífico JBS convocou uma reunião na última segunda-feira com os representantes da Acrissul, Acrimat (Associação dos criadores de Mato Grosso) e criadores de Goiás. “Nós representamos cerca de 50% do gado de corte do País e então estabelecemos uma conversação amigável para que a gente possa trabalhar”, relatou.

Durante a reunião, que durou cerca de oito horas, eles conversaram também sobre o monopólio que o grupo acaba impondo aos produtores por ser dono de grande parte dos frigoríficos, comprando inclusive os pequenos para padronizar o preço.

“Em relação a nossa luta, o proprietário do JBS se comprometeu com o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a não comprar mais nenhum frigorífico enquanto não terminam as investigações sobre o monopólio”, explicou Francisco Maia.

Além disso, o JBS declarou que vai fazer um levantamento das plantas frigoríficas inoperantes e prometeu colocá-las a venda no mercado.

Fenapec

Francisco Maia ressalta que é preciso mais diálogo com o frigorífico e menos brigas. “Para defender nossos interesses criamos a Frente Nacional da Pecuária (Fenapec). O CNA defende o agronegócio de uma maneira geral e a pecuária tem que ter sua representação própria pelo tamanho que tem”.

Na reunião, ficou decidido que ambos criarão grupos de estudo com a Embrapa e Universidades para criar mecanismos de comparação para a questão de rendimentos de carcaça, por exemplo.

“Vamos também criar um fundo para discutirmos juntos publicidade que incentive o consumo de carne como nos Estados Unidos”, finalizou. 

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