Inquérito sobre execução na rua Rio Grande do Sul é encaminhado para corregedoria da PC

Objetivo é verificar se realmente houve a participação de policiais envolvidos na morte de Andrey Galileu Cunha, 31 anos.

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Objetivo é verificar se realmente houve a participação de policiais envolvidos na morte de Andrey Galileu Cunha, 31 anos.

Parte do inquérito policial que investiga a morte de Andrey Galileu Cunha, 31 anos, executado a tiros no dia 23 de fevereiro deste ano, na rua Rio Grande do Sul, em Campo Grande, foi encaminhado a Corregedoria da Polícia Civil.

O objetivo é verificar se realmente houve a participação de policiais em sua morte e também se existem policiais que recebiam propina por também estarem envolvidos na jogatina.

Sobre detalhes das investigações, o delegado Wellington de Oliveira, titular da 1ª D.P. (Delegacia de Polícia), não diz nada, já que o caso segue sob segredo de justiça.

Durante quase três meses de investigação, a polícia refez o possível trajeto dos pistoleiros, buscou câmeras que possam identificar a dupla, descobriu que Andrey compareceu a um posto de combustível e em seguida a Deops (Delegacia de Ordem Política e Social), além de saber que ele teria envolvimento com jogos de azar.

O desdobramento do assassinato culminou ainda em uma diligência a uma residência, na Vila Piratininga, no dia sete de março. Na ocasião o policial militar aposentado, cabo Nelson Barbosa, foi preso. No total de 20 homens, os policiais arrombaram a residência e levaram uma CPU, uma sacola preta, mochila, dinheiro, uma capa preta e a moto de Nelson, material que já foi todo periciado.

Em entrevista, Nelson alegou conhecer o autor apenas de vista, sendo que também não mantinha contato. Ao mesmo tempo da casa de Nelson, policiais do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) já investigavam o envolvimento de policiais e civis na jogatina, tanto que a Operação Orfeu foi deflagrada na semana passada.

Durante as ações dos policiais, que combatiam a exploração ilegal de jogos de azar, descobriu-se que a organização dos criminosos seria composta também por agentes policiais da ativa e aposentados, que davam suporte para a prática de ilícitos.

O policial civil Mario Cesar Velasque Ale, lotado na Deops, foi um dos presos, assim como outros que foram alvo de investigações nas operações Xeque Mate, desenvolvidos pela polícia em 2007 e Las Vegas, desenvolvida pelo Gaeco em 2009.

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