Inquérito de professor indígena acusado de estupro é arquivado
O professor indígena Jorge Sanchez, de 36 anos, que em agosto foi acusado de abusar sexualmente de uma de suas alunas, uma adolescente de 14 anos, disse que sua vida “virou de pernas para o ar” com o surgimento de boatos sobre o abuso, principalmente após a exposição na mídia de Dourados. O inquérito foi […]
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O professor indígena Jorge Sanchez, de 36 anos, que em agosto foi acusado de abusar sexualmente de uma de suas alunas, uma adolescente de 14 anos, disse que sua vida “virou de pernas para o ar” com o surgimento de boatos sobre o abuso, principalmente após a exposição na mídia de Dourados. O inquérito foi arquivado recentemente por falta de provas.
“Tive que ficar longe dos alunos da comunidade para evitar ainda mais falatórios. Minha mulher, que também é professora, ficou muito abalada quando soube da história e quase nos separamos, foi uma situação difícil. Felizmente não houve provas contra mim, e agora posso andar de cabeça erguida mesmo”, disse o educador.
A história teve grande repercussão principalmente dentro da reserva indígena, onde muitos acreditavam que a menor realmente havia sido estuprada e que inclusive estaria grávida, porém, exames provaram o contrário. Durante investigação do caso, a Delegacia da Mulher não conseguiu reunir provas suficientes contra Jorge.
“Eu vivia perto de meninos e meninas de 14 a 16 anos por causa da minha profissão, mas devido à necessidade, eu também conversava com eles e mantinha contato fora da sala de aula. Eu os orientava, pois todos nós sabemos dos problemas que os adolescentes que vivem nas aldeias Jaguapirú e Bororó enfrentam constantemente”, explicou ele.
Jorge disse que procurou a imprensa para finalmente poder dar a sua versão dos fatos e tentar recuperar a credibilidade que tinha antes disso tudo. Ele explica que todos da sua família foram afetados, inclusive seus três filhos que têm oito, dez e 16 anos. Os jovens ouviam de amigos do colégio que o pai era um estuprador e que seria preso. “Isso foi um boato jogado ao vento e que virou verdade por causa da má fé de algumas pessoas que por motivos desconhecidos, tentaram me difamar. Repito que nada foi provado contra mim, quero limpar minha imagem e voltar a trabalhar normalmente como sempre fiz, sem que ninguém desconfie da minha índole”, concluiu.
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