Inpe volta à Antártica para avaliar condições de equipamentos depois de incêndio
Inpe volta à Antártica para avaliar condições de equipamentos depois de incêndio
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Inpe volta à Antártica para avaliar condições de equipamentos depois de incêndio
Quatro pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) voltam, na próxima semana, à Antártica para avaliar as condições de funcionamento dos equipamentos do instituto e transferir para outro local módulos mantidos na Estação Científica Comandante Ferraz, que pegou fogo no dia 25 de fevereiro.
De acordo com o Inpe, o engenheiro André Barros, o técnico Héber Passos, o físico José Valentin Bageston e o meteorologista Marcelo Santini devem sair do Rio de Janeiro na próxima terça-feira (20), e chegam à Antártica na quinta (22) ou sexta (23), conforme as condições de tempo e visibilidade. A previsão de volta é entre os dias 28 de março e 1º de abril.
O Inpe está no continente há cerca de 30 anos. Atualmente, o instituto mantém três projetos de pesquisa na Antártica, que agrupam estudos sobre dinâmica da atmosfera, camada de ozônio, meteorologia, gases de efeito estufa, radiação ultravioleta, transporte de poluição, oceanografia, interação oceano-atmosfera e relação Sol-terra.
Segundo o Inpe, seus laboratórios não foram afetados pelo incêndio, ainda sob investigação. As duas unidades mais próximas da estação eram os módulos Ozônio e o Meteoro. O módulo Ionosfera fica a aproximadamente 300 metros do local do incêndio e o módulo Alta Atmosfera fica a cerca de 1 quilômetro (km) de distância. O Inpe também processa dados coletados pelo módulo remoto Criosfera 1, que fica a cerca de 2,5 mil km da Estação Comandante Ferraz.
Alguns equipamentos, como os que fazem medidas sobre a camada de ozônio, serão reinstalados em áreas de outros países que têm acordo de cooperação com o Brasil. A missão dos pesquisadores do Inpe também leva fontes para a alimentação elétrica dos módulos, interrompida com a destruição dos geradores a diesel. Durante o verão no Hemisfério Sul, os equipamentos podem ser alimentados por energia solar. E, durante todo o ano, podem ser alimentados por energia eólica, produzida pela força dos ventos.
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