Indígenas se reúnem em Aquidauana para arregimentar pré-candidatos

A comunidade indígena de Mato Grosso do Sul está se articulando para lançar candidatos a vereadores na eleição 2012 por diversos municípios do Estado. Já ocorreram alguns encontros entre lideranças de diversas etnias, como nesta quarta-feira (6) em Campo Grande, onde ficaram definidos alguns pontos e uma nova reunião para o próximo dia 16, em Aquidauana. A intenção é abranger principalmente aqueles municípios com maior densidade populacional de índios e onde há maiores chances de conquistar uma vaga, como em Miranda, Aquidauana, Sidrolândia, Terenos e Campo Grande, explicou um dos lideres do movimento Arildo Soares, da etnia Terena.

O líder Terena apontou que se deve entrar na disputa onde realmente possa atingir a eleição, pois o desejo é eleger o maior número de indígenas as Câmaras municipais. “Queremos eleger patrícios com compromisso com a causa indígena. Não temos metas ainda, esta sendo feito levantamento para ver onde é melhor lançar o candidato com chances de ganhar. Os vereadores são importantes e também precisamos de representantes diretos, pois se tivéssemos poderíamos resolver pleitos como a criação da 5ª Aldeia Urbana, na Capital”, apontou.

Soares adiantou que o município de Aquidauana foi escolhido para “fechar” por ser região de grande concentração indígena e onde há municípios bem mais avançados na questão. Mas não quis falar em números e nem em partidos. “Há municípios como Miranda, Aquidauana e na Capital que são bem mais avançados com indígenas na questão política. Não temos um número total e nem quais partidos, pois pregamos a liberdade partidária ou com aqueles que querem defender a união da comunidade indígena”, explicou.

Nova aldeia urbana para Capital

Cerca de 130 famílias indígenas do núcleo industrial e região se reuniram no inicio do mês de abril para elaborar um documento solicitando à prefeitura e ao governo do Estado, a criação da 5ª Aldeia Urbana, na Capital. De acordo com o líder da comunidade, Oide Felipe da Silva, 56, seus patrícios precisam dessas moradias, pois hoje, grande parte deles paga aluguel com o dinheiro que recebe do Governo Federal, sobrando poucos recursos para sobreviver.