Indígenas mantêm bloqueio pelo 5º dia na MS-156 entre Dourados e Itaporã
Índios argumentam que com a omissão do Estado, eles buscam negociar uma saída para o problema com os prefitos de Itaporã e Dourados
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Índios argumentam que com a omissão do Estado, eles buscam negociar uma saída para o problema com os prefitos de Itaporã e Dourados
Indígenas mantêm o bloqueio na rodovia MS-156 pelo quinto dia consecutivo. O líder terena Fernando Souza, da Jaguapiru, disse na manhã desta sexta-feira (11) que diante da omissão do Estado, os índios resolveram apelar aos prefeitos de Itaporã, Marcos Pacco, e de Dourados, Murilo Zauith. A audiência com Pacco já estaria marcada para esta sexta-feira. Agora, segundo Souza, o grupo tambéem vai tentar falar com Murilo.
O terena alega que a comunidade resolveu recorrer a Itaporã porque oficialmente, 5.100 indígenas são moradores naquele município. “Este número é da última contagem do IBGE, de 2010”, ressalva o indígena.
Souza diz que as lideranças vão conversar hoje para decidir outras estratégias, já que ontem (10) eles suspenderam o plano de fazer um manifesto no Parque de Exposições João Humberto de Carvalho, onde acontece a 48ª Expoagro de Dourados. Mas esta possibilidade não foi descarta totalmente afirmou o terena.
Fernando também confirma que não há aulas nas escolas localizadas nas Aldeias Bororó e Jaguapiru nem tampouco atendimento nas unidades de saúde. “Está tudo parado”, diz.
O bloqueio é motivado pela quebra de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado junto ao Ministério Público com o Governo do Estado, que previa obras em estradas vicinais das aldeias Bororó e Jaguapiru pela compensação das obras de revitalização da rodovia. Os indígenas alegam que o governo não cumpriu o TAC e resolveram bloquear o tráfego na 156 e no interior da Reserva Indígena de Dourados.
Entre Dourados e Itaporã, a MS-156 continua bloqueada nos dois sentidos. Os índios utilizaram trator e uma tora para impedir o trânsito e se revezem nas rotatórias. Pintados para a ‘guerra’ e ornamentados com seus cocares de penas coloridas, os indígenas levaram para lá instrumentos, como tambores, para anunciar a revolta da comunidade para o que eles chamam de ‘descaso’ do poder público.
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