Hopi Hari faz acordo por mais segurança; multa chega a R$ 450 mil
Após quase oito horas de reunião, que se estendeu até o meio da noite de terça-feira (10), a direção do Hopi Hari e o Ministério Público do Trabalho (MPT) assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para aumentar a segurança dos trabalhadores e usuários do parque de diversões. O acerto ocorre quase dois meses […]
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Após quase oito horas de reunião, que se estendeu até o meio da noite de terça-feira (10), a direção do Hopi Hari e o Ministério Público do Trabalho (MPT) assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para aumentar a segurança dos trabalhadores e usuários do parque de diversões. O acerto ocorre quase dois meses depois da morte de Gabriela Nichimura, 14 anos, morta em 24 de fevereiro, em um acidente no brinquedo Torre Eiffel.
Entre os itens determinados pelo MPT estão a contratação de mais funcionários, com maior rigor na seleção; e a redução de jornada de trabalho, que não poderá exceder oito horas diárias. Além disso, o Hopi Hari, em seis meses, terá que suspender o pagamento de bonificações por produtividade e horas extras aos trabalhadores. Os valores extras eram usados pela empresa como estímulo aos colaboradores para reduzir as filas nos brinquedos. O descumprimento de cada item pode gerar multas de R$ 6 mil a R$ 450 mil.
Outra determinação do MPT é a tradução para o português do manual dos brinquedos, até então disponível só em inglês. O documento traz orientações de funcionamento e operação segura. O parque terá 20 dias para entrar em contato com o fabricante e um ano para desenvolver e redistribuir o manual traduzido.
Esse é o segundo TAC assinado pelo Hopi Hari desde a morte da adolescente. Gabriela caiu da altura de cerca de 25 m do brinquedo conhecido como elevador, que simula uma queda livre. Segundo dados preliminares da perícia, a vítima estava em um assento que tinha o dispositivo de segurança inoperante. O caso foi registrado na Delegacia de Vinhedo, que pretende concluir as investigações até o final deste mês.
O primeiro TAC, assinado no início de março com o Ministério Público do Direito do Consumidor, determinava o fechamento do parque por 20 dias. Neste período, uma equipe de técnicos vistoriou todas as atrações. O termo também determinava a interdição do brinquedo Torre Eiffel, por tempo indeterminado, e a interrupção das atrações West River Hotel, por falta de rotas de fuga, e do Simulakron, pela falta de câmeras infravermelho.
O parque retomou as atividades em 25 de março e, na semana seguinte, após atender as modificações impostas pelo MP, colocou em funcionamento o Simulakron.
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