Gol segue européias e passa a cobrar por refeições a bordo

E você que tanto reclamou das antigas barrinhas de cereais e dos atuais saquinhos de amendoim. Pois a partir de agora, nem mesmo lanchinhos industrializados serão oferecidos aos passageiros de 180 voos da Gol. A empresa anunciou na semana passada o novo modelo de atendimento a bordo nas rotas com duração superior a 1 hora […]

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E você que tanto reclamou das antigas barrinhas de cereais e dos atuais saquinhos de amendoim. Pois a partir de agora, nem mesmo lanchinhos industrializados serão oferecidos aos passageiros de 180 voos da Gol. A empresa anunciou na semana passada o novo modelo de atendimento a bordo nas rotas com duração superior a 1 hora e 15 minutos: a comida será cobrada.

O formato vinha sendo testado em alguns dos voos da empresa desde meados de março. O novo cardápio conta com três tipos de sanduíches, ao custo de R$ 12 cada. Batatas chips, castanhas e cookies continuam à disposição, por R$ 5 o pacotinho. Cerveja (R$ 5), energético (R$ 15) e uísque (R$ 20) são algumas opções de bebidas. O cafezinho solúvel de 50 ml, item mais em conta do menu, sai por R$ 3. Detalhe: lembre de passar no caixa eletrônico antes de entrar na sala de embarque, porque o pagamento só pode ser feito em dinheiro brasileiro. Mas se quiser apenas um copo d’água, pode guardar as moedas – continua gratuito.

A Gol afirma que a medida segue o formato adotado por aéreas low cost dos Estados Unidos e da Europa. E que atende às necessidades dos passageiros dos voos longos, que não ficavam satisfeitos com as opções gratuitas. Já o mercado dá como certo que a empresa busca, com a cobrança, equilibrar suas contas, comprometidas pela guerra de preços com outras aéreas que atuam em território nacional. O certo é que a expectativa da Gol é instituir a cobrança pelo lanche como única opção em todos os seus voos longos até o fim do semestre.

Antes do anúncio da Gol, entre as empresas que operam voos no território brasileiro, apenas a Webjet cobrava pelo tira-gosto durante o voo. Desde 2010, a empresa só trabalha com serviço de bordo cobrado em todas as suas rotas. O sanduíche básico também custa R$ 12 a unidade; o refrigerante, R$ 5; café, R$ 3; e a cerveja, por R$ 6, vem acompanhada de miniaperitivo. No quesito doces, barra de chocolate e bolinho recheado saem por R$ 3 cada. Pagamentos também somente em dinheiro.

Nada mudou. Nos voos da Azul, o lanchinho – biscoito, amendoim e goiabinha, que você pega à vontade na cesta apresentada pela comissária, acompanhados de suco ou refrigerante – é grátis. Passageiros da TAM e da Avianca recebem lanche ou refeição, de acordo com a rota e o horário do voo, sem cobrança adicional. A Avianca, aliás, acaba de lançar a opção de cardápio vegetariano, que precisa ser encomendado na hora da compra do bilhete. Refrigerante, suco e cerveja também são servidos sem custo adicional.

Longas distâncias. Ao contrário do que boa parte delas pratica em seus voos internos na Europa ou nos Estados Unidos, empresas aéreas estrangeiras continuam a servir refeições gratuitas em seus voos desde e para aeroportos brasileiros.

Air France, KLM, TAP, Lufthansa e American Airlines servem, em geral, uma refeição e um lanche (por causa da duração dos voos, de oito horas ou mais), sem cobrança de taxa extra. Desde fevereiro, a American Airlines incluiu vinho e cerveja no serviço da classe econômica. Na United, cerveja (US$ 6) e vinho (US$ 7) são cobrados, apenas no cartão.

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