Focos de mosquito em residências colocam Campo Grande em alerta para dengue
De 81 bairros analisados pela Secretaria Municipal de Saúde, 61 estão em situação de alerta, com índice de infestação do mosquito da dengue quatro vezes maior que o satisfatório.
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De 81 bairros analisados pela Secretaria Municipal de Saúde, 61 estão em situação de alerta, com índice de infestação do mosquito da dengue quatro vezes maior que o satisfatório.
Campo Grande está em alerta para a dengue por causa da quantidade de focos de mosquito encontrada em 61 dos 81 bairros analisados pela Secretaria Municipal de Saúde, entre os dias 3 e 7 de dezembro deste ano. O LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti) da capital, divulgado nesta semana, mostrou que nove bairros estão em situação de risco: Santo Amaro, Noroeste, Veraneio, São Conrado, Tiradentes, São Lourenço, Itamaracá, Universitário e parte do São Conrado.
Nesses lugares, o índice de infestação predial é quatro vezes maior que o satisfatório, que é de um foco por área. No Santo Amaro, foram encontrados 20 focos do mosquito, no Universitário 19 focos, no Tiradentes 18 focos e no Noroeste 16 focos. Com índices satisfatórios estão o Jardim Paulista, Tv Morena, Centenário e parte do Aero Rancho.
Em Mato Grosso do Sul, segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, Campo Grande aparece em 12° lugar, com 5.663 casos notificados. Ao todo, 21 municípios apresentam casos de alta incidência da dengue no Estado.
Bodoquena, Três Lagoas, Pedro Gomes, Corumbá e Ladário são as cidades com maior índice de incidência da dengue.
Segundo o LACEN, foram coletadas 772 amostras de isolamentos virais e dessas foram 170 positivas, totalizando: 35 casos de dengue tipo 1, 83 casos de dengue tipo 2 e 52 casos de dengue tipo 4, 40 deles somente em Campo Grande.
Limpeza das casas
De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura de Campo Grande, o problema da imunização está no controle dos focos nas casas, já que os agentes de saúde passam nos domicílios orientando, mas não fazem a limpeza das propriedades, que são de responsabilidade dos moradores.
O alto índice de focos encontrados não está nas ruas, como mostra o estudo, mas nos quintais das casas. Apesar disso, uma equipe com 83 militares fará a retirada de pneus de terrenos baldios na cidade a partir desta segunda-feira (17).
Em relação à infestação nas casas, a prefeitura informou que continua com o serviço de conscientização dos agentes de saúde aos moradores e pede para que, após cada chuva, os quintais sejam verificados para que não exista local com água acumulada.
A quantidade de chuvas também influencia para que Campo Grande esteja em alerta. São 155,20 milímetros de chuva registrada em dezembro de 2011 contra 244 milímetros somente nos dez primeiros dias de dezembro de 2012.
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