Filho de ministro lidera verbas liberadas na pasta do pai
O governo quer lançar este ano um pacote popular de celular e internet para consumidores de baixa renda. A ideia é que as operadoras vendam planos de serviços no valor máximo de R$ 30 por mês, que darão direito a fazer uma quantidade razoável de ligações pelo telefone móvel para qualquer operadora e usar a […]
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O governo quer lançar este ano um pacote popular de celular e internet para consumidores de baixa renda. A ideia é que as operadoras vendam planos de serviços no valor máximo de R$ 30 por mês, que darão direito a fazer uma quantidade razoável de ligações pelo telefone móvel para qualquer operadora e usar a banda larga pelo aparelho.
“A ideia é que as pessoas possam ligar para outras operadoras, pois franquia para números da própria empresa elas já dão”, disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra (PSB-PE), privilegiou seu filho, o deputado federal Fernando Coelho (PSB-PE), com o maior volume de liberação de emendas parlamentares da pasta em 2011. Coelho foi o único congressista que teve todo o dinheiro pedido empenhado (reservado no orçamento para pagamento) pelo ministério.
O valor total chegou aos R$ 9,1 milhões, superando os 219 colegas que também solicitaram os recursos para obras da integração. Liberado em dezembro, o dinheiro solicitado pelo deputado irá para ações tocadas pela estatal Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba).
A empresa pública é presidida interinamente pelo seu tio, Clementino Coelho, irmão do ministro da Integração Nacional. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Em nota, o Ministério da Integração Nacional negou que o ministro Fernando Bezerra tenha beneficiado o filho. Segundo o ministério, “diversos parlamentares, de outras legendas, tiveram suas emendas aprovadas em percentuais equivalentes aos do deputado Fernando Coelho”.Por isso, diz a nota, “não cabe falar em favorecimento”.
Com relação à Codevasf, o ministério informou que a nomeação de Clementino Coelho foi uma decisão do então presidente Lula e que a permanência dele no cargo não configura nepotismo.
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