Fifa faz visita operacional ao Maracanã; obras alcançam 66%

Com 66% das obras concluídas, o Maracanã é o ponto de partida da Fifa e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 para reuniões operacionais em todos os estádios para Copa das Confederações e Mundial. O encontro desta quinta-feira reuniu 70 pessoas de 15 áreas operacionais das duas entidades com o governo do Rio para conhecer melhor o estádio e afinar processos.

Por operação, entende-se tudo o que está dentro do estádio e no entorno dele para garantir, por exemplo, um melhor fluxo do público no acesso ao local no dia dos jogos. E isso pode passar pela demolição do Museu do Índio, ao lado do Maracanã. O governador do Rio, Sergio Cabral já tinha revelado essa exigência da Fifa, que não foi desmentido pelo diretor da entidade no Brasil, Fulvio Danilas. “A Fifa sempre busca as melhores soluções para que o público tenha conforto e segurança. É importante que o tempo de evacuação do estádio seja em até 8 minutos e a segurança do público seja sempre em primeiro lugar”, disse, sem querer citar o pedido de demolição do Museu do Índio.

O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse que as obras do Maracanã estão adiantadas em 16 dias e que, no fim de setembro, as obras vão alcançar a marca de 70% concluídas. Mas isso não quer dizer que o Governo vá entregar o estádio antes do fim de fevereiro, como está previsto. “Vamos entregar o Maracanã à Fifa na data combinada” afirmou. Pezão disse ainda que a previsão é que até o fim de novembro a cobertura do estádio, considerada uma das partes mais críticas da obra, vai estar no lugar.

Além de acertar detalhes com a Fifa, o governo trabalha para entregar o Maracanã à iniciativa privada antes da Copa das Confederações. A Suderj, Superintendência Estadual de Esportes do Rio, que é quem gerencia o estádio, já está detalhando todos os prontos de operação para a transição quando a concessionária for escolhida. “Vamos deixar tudo pronto para que os clubes do Rio disfrutem do estádio mais moderno do mundo” afirmou.

Para Fifa e COL não há mais preocupação com atraso nas obras dos estádios, mas apenas dialogar cada vez mais com governos e prefeituras para que tudo esteja funcionando cada vez melhor. “Não queremos estádios apenas para as duas competições. Queremos estádios para o legado que a Fifa propõe”, explica Ricardo Trade. Sobre a quantidade de estádio para a Copa das Confederações (se seis, cinco ou quatro), Fulvio Danilas diz que isso agora não importa. “Estamos trabalhando para que, operacionalmente, tudo esteja em ordem, independente do número do estádios” explicou.

No fim, Luiz Fernando Pezão voltou a negar qualquer intenção do governo do Rio ou da prefeitura de pedir qualquer alteração na tabela da Copa para que o Brasil jogue uma partida no Maracanã antes da final, como está previsto. “Não fizemos nenhuma movimentação para mexer na tabela” afirmou o político. Depois do Rio, os membros da Fifa e do Comitê Organizador da Copa seguem fazendo reuniões operacionais em Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza e Recife.