Federação de bancos critica redução de juros e prega cautela

A Federação Nacional dos Bancos (Febraban) criticou as medidas de redução de juros do governo e disse em relatório que as reduções da taxa básica de juros (Selic), promovida pelo Banco Central (BC), não são suficientes para estimular uma ampliação da oferta de crédito no mercado brasileiro. “É possível criar condições mais favoráveis à expansão […]

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A Federação Nacional dos Bancos (Febraban) criticou as medidas de redução de juros do governo e disse em relatório que as reduções da taxa básica de juros (Selic), promovida pelo Banco Central (BC), não são suficientes para estimular uma ampliação da oferta de crédito no mercado brasileiro.

“É possível criar condições mais favoráveis à expansão do crédito reduzindo as taxas básicas, mas uma ampliação efetiva das operações passa por uma postura mais agressiva, tanto dos emprestadores como dos tomadores de crédito, que por sua vez depende de expectativas econômicas mais otimistas”, diz o relatório.

De acordo com a Febraban, a mudança nas regras da poupança funcionou como estímulo adicional para o mercado vislumbrar novos possíveis cortes na Selic, mas os bancos devem permanecer cautelosos. “É esse o ‘paradoxo’ da conjuntura atual: a piora nos indicadores (especialmente externos) abre espaço para quedas adicionais dos juros básicos, mas ao mesmo tempo parece impor uma cautela adicional aos agentes econômicos”, completa o relatório.

Briga
Na segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff voltou a pressionar os bancos para reduzirem as taxas de juros cobradas no Brasil. Em seu programa semanal de rádio Café com a presidenta, ela a firmou que a queda da taxa de juros para o consumidor “é um caminho sem volta”. “Porque o Brasil tem um dos sistemas financeiros mais sólidos e lucrativos do mundo, e pode perfeitamente fazer a sua parte e ajudar o País diminuindo os juros que cobram dos trabalhadores e dos empresários. Essa força dos bancos e a segurança da nossa economia têm de permitir que eles ofereçam crédito mais barato para o povo brasileiro”, disse.

Dilma também deu dicas para encontrar os menores juros do mercado. “Nossos cidadãos têm uma arma poderosa para negociar. Fazer os depósitos de sua renda naqueles bancos que vão cobrar as menores taxas de juros quando eles precisarem de empréstimos. Quando você vai à feira ou quando vai comprar uma geladeira ou uma TV, você faz uma pesquisa para saber onde o produto está mais barato, não é mesmo? Com os bancos, tem que ser do mesmo jeito.”

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