Farc dizem que Langlois foi ferido em um braço e se entregou para não morrer

O comandante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) conhecido como “Colacho Mendoza” afirmou que o jornalista francês Roméo Langlois foi baleado em um braço durante o confronto da guerrilha contra o Exército colombiano no qual foi sequestrado há um mês, mas se recupera bem, e disse que o repórter se entregou para salvar sua […]

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O comandante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) conhecido como “Colacho Mendoza” afirmou que o jornalista francês Roméo Langlois foi baleado em um braço durante o confronto da guerrilha contra o Exército colombiano no qual foi sequestrado há um mês, mas se recupera bem, e disse que o repórter se entregou para salvar sua vida.

“Primeiro ele foi ferido em um braço, uma bala que lhe entrou pelo lado do cotovelo e lhe saiu. Já tinha perdido a capacidade de movimento e acabou se entregando para salvar sua vida”, indicou Mendoza no trecho de um vídeo divulgado nesta segunda-feira pela rede de TV multinacional “Telesur” com imagens de Langlois.

Horas mais cedo, a emissora sediada em Caracas tinha divulgado imagens do jornalista francês, em uma prova de vida na qual se vê Langlois respondendo a perguntas, descalço, aparentemente sorrindo e de banho tomado. Posteriormente, pode-se observar o momento em que o repórter recebe atendimento médico no braço.

Em outro trecho do vídeo divulgado posteriormente com testemunhos de “Colacho”, o líder guerrilheiro minimiza a gravidade da ferida. “O ferimento está evoluindo favoravelmente, não tem complicações. Em termos gerais, está bem”.

Ele explicou que a guerrilha percebeu a presença de um estrangeiro entre os integrantes do Exército colombiano quando “faltavam mais ou menos duas horas para acabar o combate” e que posteriormente o francês se entregou.

“Ele entendeu que não havia outra saída a não ser se deixar capturar ou morrer na batalha”, manifestou.

Mendoza afirmou que, no momento da captura, Langlois estava com uniformes militares e que o tiraram da “área de risco” para levá-lo a um local onde puderam dar-lhe os primeiros socorros.

O guerrilheiro indicou que um enfermeiro está cuidando dele e se encarrega de administrar-lhe a medicação, e uma pessoa o alimenta.

Langlois foi capturado no dia 28 de abril quando acompanhava militares e policiais em uma operação antidrogas no departamento de Caquetá, momento em que foram surpreendidos por uma ofensiva da guerrilha. Por isso, as Farc o consideraram um “prisioneiro de guerra”.

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