Família adotiva faz reencontro de filho 19 anos após separação da mãe

Um dia de muita emoção para duas famílias de Campo Grande. Maria Cristina Lemos Pavon reencontrou nesta quinta-feira (29) o filho Marcos Vinícius Esteves, 19 anos, dado para adoção ainda bebê. Maria Cristina, que não quis falar o que houve e o que viveu nesses anos longe do filho, achou apenas que naquele momento era […]

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Um dia de muita emoção para duas famílias de Campo Grande. Maria Cristina Lemos Pavon reencontrou nesta quinta-feira (29) o filho Marcos Vinícius Esteves, 19 anos, dado para adoção ainda bebê.

Maria Cristina, que não quis falar o que houve e o que viveu nesses anos longe do filho, achou apenas que naquele momento era o melhor a fazer. “Em meu coração tinha certeza de que ele estava sendo bem cuidado”.

A maior preocupação da mãe biológica era saber se sua atitude havia deixado mágoas no filho.

Marcos que foi adotado por Márcia Aparecida dos Santos Esteves, também foi criado pela avó adotiva, Lídia Aparecida dos Santos Esteves, com quem reside atualmente.

De acordo com o jovem, quando era criança tinha muita vontade de conhecer a mãe biológica. “Agora estou ansioso para conhecer todo mundo”.

Busca

A família adotiva de Marcos tomou a iniciativa de procurar a mãe biológica porque percebia que algo faltava ao jovem. “Eu tenho outro filho adotivo e ele é mais resolvido. Mas ele sempre soube que a mãe já havia morrido”, explicou a avó.

Segundo a mãe adotiva, mesmo dando amor ao filho, ele se mostrava carente. “Era algo que não conseguimos suprir”, avaliou.

Reencontro

O momento do reencontro fez com que lágrimas caíssem dos olhos de todos. A avó, que trazia nos olhos um brilho diferente, era uma das mais emocionadas, quando mãe e filho se encontraram em um abraço carinhoso.

Além da mãe, Marcos pode conhecer uma irmã e recebeu o recado de que o irmão mais velho está ansioso para conhecê-lo, mas como mora em Bonito não pode estar na ocasião.

Para Marcos o futuro é certo: as famílias vão caminhar juntas. “Seremos uma grande família”, comemorou o rapaz.

Adoção

Marcos foi adotado por Márcia após uma tia falar que a mãe biológica precisava dar a criança.

Sem esconder que o menino havia sido adotado, a família percebia que o jovem precisava deste reencontro. “Sempre dizíamos que a mãe o amava e que nos deu porque precisou”, recorda a avó.

Trabalho

Segundo a policial civil Maria Campos, este caso foi mais prático porque as duas famílias residem em Campo Grande. “O trabalho levou cerca de duas semanas”.

Maria Campos lembrou que desde 1993 já foram cerca de dois mil reencontros como este.

Entre os casos, Maria, que é policial há 26 anos, contou que esteve em um curso nos Estados Unidos, de localização de humanos. E, encontrou dois mineiros que lhe pediram ajuda. Ao voltar ao Brasil, ela entrou em contato com familiares que tomaram as providências para trazê-los ao país.

Emoções a parte, Maria recordou que tudo teve início com a busca da mãe de seu marido, que havia sido adotado. Conversando com um delegado eles iniciaram as buscas que resultou no encontro de seu marido com dez irmãos e 58 sobrinhos. “Se fez bem para minha família, porque não faria para outras”, avaliou.

Maria Campos é policial e trabalha na 5ª DP, no Bairro Piratininga. Seu celular é o (67) 9989-0778. Quem tiver informações, ou estiver a procura de familiares pode entrar em contato.

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