Ex-chefe de gabinete de Perillo não prestará depoimento à CPMI

Pelo menos um dos quatro depoimento marcados para hoje (5) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira não ocorrerá. Eliane Gonçalves Pinheiro, a ex-chefe de gabinete do governador de Goiás, Marconi Perillo, foi internada na noite desta segunda-feira (4), em Goiânia, após uma crise de pressão alta. Ela já havia obtido um habeas […]

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Pelo menos um dos quatro depoimento marcados para hoje (5) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira não ocorrerá. Eliane Gonçalves Pinheiro, a ex-chefe de gabinete do governador de Goiás, Marconi Perillo, foi internada na noite desta segunda-feira (4), em Goiânia, após uma crise de pressão alta. Ela já havia obtido um habeas corpus na Justiça que garantia o direito de não responder às perguntas dos deputados e senadores que fazem parte da comissão.

Eliane foi flagrada em conversas telefônicas gravadas pela Polícia Federal durante as operações Vegas e Monte Carlo. Ela mantinha contatos frequentes com o empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso sob a acusação de liderar uma rede criminosa envolvendo jogos ilegais, políticos e empresários.

As ligações indicam que Eliane recebeu informações sobre investigações da Polícia Federal que beneficiavam políticos ligados a Cachoeira e teria avisado o prefeito do município goiano de Águas Lindas, Geraldo Messias de que a polícia faria uma busca na casa dele.

São esperados hoje o depoimento de mais três testemunhas. O empresário Walter Paulo Santiago deverá se o primeiro a ser interrogado. Ele é um dos donos da Faculdade Padrão, empresa que teria servido como intermediária na compra de uma casa do governador de Goiás, Marconi Perillo.

Apesar da intermediação, a Polícia Federal suspeita que o verdadeiro comprador seja Carlinhos Cachoeira. Foi nessa casa, localizada no Condomínio Alphaville Ipês, em Goiânia, que Cachoeira foi preso pela Polícia Federal em 29 de fevereiro deste ano.

Outro depoimento esperado para hoje é o de Sejana Martins, diretora da Faculdade Padrão e sócia da empresa Mestra Administração e Participações. No cartório de registro de imóveis, a casa vendida pelo governador está registrada no nome dessa empresa.

A suspeita da polícia é de que essa empresa seja usada como “laranja” do suposto esquema liderado por Cachoeira. Sejana Martins obteve um habeas corpus do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux garantindo seu direito de permanecer em silêncio durante o depoimento. Écio Antônio Ribeiro, sócio da Mestra Administração e Participações, é o último esperado pelos parlamentares.

Na semana passada, a CPMI convocou o governador Marconi Perillo e o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, para prestar depoimento. As oitivas dos dois governadores estão marcadas para os próximos dias 12 e 13, respectivamente.

Ontem, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região ordenou a soltura do ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, conhecido como Dadá. Ele também compareceu à CPMI para prestar depoimento na semana passada, no entanto, optou por permanecer calado. Dadá é suspeito de ser o “araponga” do grupo liderado por Carlinhos Cachoeira, e foi preso no dia 29 de fevereiro, quando foi deflagrada a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

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