No fim da tarde em Nova York, o euro estava cotado a US$ 1,2716, de US$ 1,2789 ontem

O euro caiu para o nível mais baixo em 15 meses frente ao dólar e ao nível mais baixo em 11 anos diante do iene. O mercado reagiu aos indicadores positivos do nível de emprego nos EUA em dezembro e continuou a refletir temores quanto à crise da dívida dos países da zona do euro.

Com a taxa de retorno dos bônus da Itália mantendo-se acima dos 7%, os traders levaram o euro a cair momentaneamente abaixo de US$ 1,27 pela primeira vez desde setembro de 2010. O Banco Central Europeu (BCE) voltou a comprar bônus italianos e espanhóis, o que não bastou para conter a pressão de venda desses títulos.

“A noção de que havia uma correlação forte entre o euro e outras moedas de risco está se desfazendo. Como uma moeda mais fraca poderá ajudar a zona do euro a impulsionar o crescimento por meio do aumento das exportações, esperamos ver o euro caindo em relação a todas as moedas, tornando-se parte da solução, e não um reflexo do problema”, comentou o estrategista Shahab Jalinoos, do UBS.

Analistas agora estão na expectativa da reunião do Conselho do BCE, na próxima semana, à espera de sinais sobre se o BCE vai anunciar alguma nova medida para conter a deterioração no mercado de bônus. Além de Itália e Espanha, que estiveram no centro das preocupações nesta sexta-feira, os participantes do mercado também estão atentos à Grécia.

“O foco do mercado, na crise da zona do euro, afastou-se recentemente da Grécia. Mas se a Grécia vai ou não permanecer na zona do euro continua a ser uma das questões mais importantes deste ano”, escreveram em nota os analistas do Bank of America/Merrill Lynch.

No fim da tarde em Nova York, o euro estava cotado a US$ 1,2716, de US$ 1,2789 ontem; o iene estava cotado a 76,96 por dólar, de 77,12 por dólar ontem; frente ao iene, o euro estava cotado a € 97,92, de € 98,69 ontem; a libra estava cotada a US$ 1,5420, de US$ 1,5483 ontem; o franco suíço estava cotado a 0,9550 por dólar, de 0,9529 por dólar ontem.

As informações são da Dow Jones. (Renato Martins)