EUA suspendem benefícios comerciais à Argentina
Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira a suspensão da Argentina de seu sistema de preferências tarifárias devido a uma disputa pendente de resolução com duas empresas norte-americanas, que exigem que Buenos Aires pague indenizações de 300 milhões de dólares estabelecidas pelo órgão de arbitragem do Banco Mundial. O estatuto de preferências tarifárias (SPG) beneficia ce…
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Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira a suspensão da Argentina de seu sistema de preferências tarifárias devido a uma disputa pendente de resolução com duas empresas norte-americanas, que exigem que Buenos Aires pague indenizações de 300 milhões de dólares estabelecidas pelo órgão de arbitragem do Banco Mundial.
O estatuto de preferências tarifárias (SPG) beneficia certas exportações de países pobres e em desenvolvimento para os Estados Unidos.
No caso da Argentina, essas exportações com isenções são da ordem de 477 milhões de dólares, informou o Escritório de Representação Comercial (USTR, da sigla em inglês) em comunicado.
Dois fundos de investimento americanos com sede no Texas (sul), Blueridge e Azurix, entraram com ações no USTR contra a Argentina depois de ter comprado as demandas de duas empresas concessionárias que viram rescindidos seus contratos com esse país sul-americano.
A Blueridge comprou a demanda de uma empresa que operava no setor elétrico e a Azurix do setor de abastecimento de água.
Originalmente, as duas concessionárias entraram com ações contra a Argentina no Centro Internacional para a Resolução de Conflitos (ICSID, da sigla em inglês) do Banco Mundial (Bird).
O ICSID declarou a Argentina culpada em duas sentenças sucessivas do painel de arbitragem em 2005 e 2006, segundo o USTR, mas as empresas nunca chegaram a receber o dinheiro. A Blueridge e Azurix compraram posteriormente os direitos sobre essas ações, a um preço de indenização inferior.
“Pedimos ao governo da Argentina que pague as indenizações”, explicou o comunicado oficial do USTR.
A chancelaria argentina chamou de “incompreensível” a decisão de Washington e assegurou em um comunicado que as duas empresas “jamais aceitaram iniciar os trâmites das sentenças, de acordo com o regulamento da entidade arbitral (que determinou o pagamento) e a legislação argentina”.
A Argentina acredita que as regras do ICSID estabelecem que as indenizações podem ser abonadas em função da legislação interna de cada país e que o mecanismo de pagamento iria contra sua legislação vigente.
Esta decisão de Washington soma-se a uma lista de crescentes desacordos bilaterais, principalmente devido à moratória da dívida externa argentina, que foi 90% resolvida, mas com alguns credores ainda a serem pagos depois de não aceitarem as ofertas de reestrutruação lançadas por Buenos Aires.
A suspensão comercial entrará em vigor 60 dias depois de sua publicação no Registro Federal americano, explicou o comunicado.
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