Espetáculo Torquemada -17 Balas traça paralelo entre a tortura na ditadura militar e na sociedade atual
A repetição da tortura como expressão do autoritarismo ao longo do tempo é o tema central da peça Torquemada – 17 Balas, que estréia na noite deste sábado (31), no Teatro da Universidade de São Paulo (Tusp) e tem entrada gratuita. O texto é uma releitura da obra do dramaturgo Augusto Boal, escrita depois de […]
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A repetição da tortura como expressão do autoritarismo ao longo do tempo é o tema central da peça Torquemada – 17 Balas, que estréia na noite deste sábado (31), no Teatro da Universidade de São Paulo (Tusp) e tem entrada gratuita. O texto é uma releitura da obra do dramaturgo Augusto Boal, escrita depois de ser preso e torturado pela ditadura militar, em 1971, e que faz alusão ao inquisidor espanhol Tomás de Torquemada.
“Torquemada – 17 balas é exatamente o resquício dos dias de hoje, com a ideia que essa violência por parte do Estado continua existindo, principalmente na periferia”, disse a coordenadora do projeto, Yara Toscano, sobre os elementos que foram acrescentados a obra original.
O espetáculo, além de mostrar os impactos da tortura como maneira de repressão do pensamento e do indivíduo, expõe a construção do discurso ideológico que sustenta à prática. Ideias que, como mostra o enredo, sobreviveram à queda do regime militar e continuam alimentando a opressão na sociedade brasileira.
Após fazer um retrato dessa opressão, o espetáculo abre espaço para que o público discuta o tema e, em seguida, suba ao palco para buscar uma solução para o conflito apresentado. Segundo Yara Toscano, essa construção segue a fórmula do Teatro do Oprimido, proposto por Boal.
Por isso, o projeto busca levar os mais diferentes públicos para assistir as apresentações. “Jovens da periferia, jovens do centro, movimentos organizados, representantes do governo. Para poder aprofundar a questão de como têm resquícios do regime militar hoje em dia”.
O projeto também inclui uma oficina de teatro, que ocorrerá no Tusp e divulgação e discussão em redes sociais. “Para as pessoas poderem, virtualmente, continuar dialogando, sobre a Comissão da Verdade, sobre o regime militar e esses resquícios que você tem hoje em dia”, ressaltou a coordenadora que lembrou que o projeto passará por 11 cidades.
Torquemada
Dezessete Balas recebeu incentivo do projeto Marcas da Memória, da Comissão de Anistia, vinculada ao Ministério da Justiça. “Essa composição atual da Comissão de Anistia entende que tem que cumprir o seu papel histórico previsto na lei, que é de reparar os danos causados [pela ditadura militar], mas também fomentar o debate sobre a verdade, sobre a memória do nosso país”, ressaltou um dos conselheiros da comissão, Egmar José de Oliveira.
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