Escritor lança ‘99 sonetos sacanas e 1 canção de amor’ na sexta-feira

O livro será lançado na sexta-feira (25), às 19h, no evento “Espaço da Poesia”, no terraço do Memorial da Cultura e Cidadania (Av. Fernando Correa da Costa, 559), o livro do poeta Henrique Pimenta, articulista de arte e cultura

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O livro será lançado na sexta-feira (25), às 19h, no evento “Espaço da Poesia”, no terraço do Memorial da Cultura e Cidadania (Av. Fernando Correa da Costa, 559), o livro do poeta Henrique Pimenta, articulista de arte e cultura

O livro “99 sonetos sacanas e 1 canção de amor” é um conjunto de poemas que podem ser classificados como eróticos e pornôs, isso porque se diz comumente que o erotismo tem o caráter nobre e que a pornografia possui um caráter vulgar. Mas Henrique Pimenta parece desafiar características estanques, mesclando num mesmo soneto libertinagens ao mais cândido lirismo, misturando tentativas de sublimação amorosa ao mais grosseiro improviso licencioso, por exemplo. Senhor de seu fazer poético, Pimenta constrói com suas misturas a medida certa para um soneto com fôlego e fogo contemporâneos.

O poeta vive em Campo Grande desde 1995, é professor do Colégio Militar, leciona português e literatura há cerca de 20 anos, é mestre em estudos literários pela UFMS – com tese abordando processos de concisão e de construção da imagem nos poemas de Manoel de Barros -, assina a coluna de arte e cultura da Semana Online e mantém o Bar do Bardo, um blog com alguns de seus textos literários, desde 2008.

“O livro”, diz Pimenta, “era um sonho antigo que eu pretendia realizar quando dominasse as manhas do soneto e tivesse coragem de me expor apresentando um tema ainda considerado tabu: o sexo em suas diversas práticas. Para tanto, segui o óbvio, a vertente fescenina da tradição literária lusófona, como os sonetos licenciosos de Bocage e de Gregório de Matos, entre outros. Incluo na lista o que li, aprendi e tentei de certa forma copiar: os sonetos de Aretino e os poemas fesceninos da Antiguidade nas traduções primorosas do grande José Paulo Paes, as glosas de sacanagem dos nossos nordestinos, e, principalmente, o grande inspirador de tudo, o sonetário pornô de Glauco Mattoso.”

Como se vê, Henrique Pimenta está em “boa” companhia e a realização do sonho está numa centena de sonetos cuidadosamente compostos para prazer e gozo daqueles que adoram boa poesia, e detestam censura.

Serviço
Blog do Henrique Pimenta
http://dobardo.blogspot.com.br/

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