Empresário do ramo da construção alega que redução de juros foi insuficiente para aumentar crédito

A redução dos juros promovida pelo governo foi insuficiente para levar mais crédito aos consumidores, disse hoje (16) o presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Cláudio Elias Conz. Segundo ele, o setor continua a sofrer com a retração do crédito e a queda das taxas ainda não foi sentida pelos […]

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A redução dos juros promovida pelo governo foi insuficiente para levar mais crédito aos consumidores, disse hoje (16) o presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Cláudio Elias Conz. Segundo ele, o setor continua a sofrer com a retração do crédito e a queda das taxas ainda não foi sentida pelos consumidores por causa da queda no ritmo da concessão de empréstimos e financiamentos.
“O problema nem está tanto nos juros, mas nas restrições impostas pelos bancos na hora de conceder crédito. No ano passado, de cada dez pedidos de crédito [para consumidores no varejo], oito eram aprovados. Atualmente, só dois em cada dez são liberados”, criticou.
Conz e outros representantes de setores do varejo participaram de reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. De acordo com a pasta, o encontro teve como objetivo discutir a situação do comércio e das vendas en um cenário de ritmo menor de crescimento da economia.
Apesar das restrições para o crédito, o presidente da Anamaco disse que as vendas devem encerrar o ano com alta de 4% em relação a 2011. De acordo com ele, boa parte desse crescimento deve-se à redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os materiais de construção, que vale até 31 de dezembro.
A elevação do dólar, que superou a barreira de R$ 2, foi bem recebida pelas entidades por causa dos efeitos sobre a indústria, que ganha mais competitividade para exportar. “Para os fabricantes, a situação cambial melhorou significativamente”, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato.
Segundo Barbato, a desaceleração da economia ainda não foi sentida pelo segmento de computadores e celulares. Ele projeta crescimento de 8% no faturamento do setor em relação ao ano passado. “O fato de a economia estar crescendo menos ainda não interferiu nas nossas expectativas”, declarou.
Presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula diz que as vendas de eletrodomésticos estão estáveis em relação ao ano passado. “[As vendas] Não caíram nem subiram. Isso pode ser interpretado como bom diante da conjuntura atual”, avaliou. A linha branca – fogões, geladeiras, tanquinhos e máquinas de lavar – está com IPI reduzido até o fim de junho, mas Kiçula negou ter pedido a prorrogação do benefício na reunião com o ministro.

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