Em MS, 85% dos professores aderem à paralisação

Adesão no interior foi surpreendente e chegou a superar a da Capital

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Adesão no interior foi surpreendente e chegou a superar a da Capital

O primeiro dia de greve dos professores das redes estaduais e municipais de ensino em Mato Grosso do Sul teve aproximadamente 85% de adesão. Segundo o presidente da Fetems, Roberto Magno Botareli, cerca de 43 mil professores, dos 50 mil de todo o estado estão parados.

Roberto informou ainda que a adesão no interior foi surpreendente e chegou a superar a da Capital. “Cidades como Três Lagoas, Ponta Porã, Dourados, Corumbá e Aquidauna tiveram praticamente 95% a 100% de adesão”.

Na capital o número foi bem menor, em torno de 70%. Segundo o presidente da Fetems, em Campo Grande a paralisação foi menor porque somente 55% dos professores da rede municipal aderiram à greve.

Avaliação Positiva

A secretária de relações internacionais da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), Fátima Silva, avalia a greve como positiva. Segundo ela, esta é a primeira vez que a paralisação é tão forte em todo o país. “Temos professores parados em todos os cantos do país. Estamos realmente engajados e temos a clareza de tudo que já foi conquistado [se referindo ao Piso Nacional]. Não importa onde esteja, vai ter que ser cumprido”.

Silva ainda apontou que em MS ¼ da hora aula é destinada ao planejamento e falta pouco para o estado se adequar ao PNE (Plano Nacional de Educação). “Falta muito pouco, apenas 8%. Agora é só o governo se sensibilizar e ver o quanto isso é importante”.

Assembleia Legislativa

Uma comissão composta por: Roberto Magno Botareli (presidente da Fetems), Sueli Veiga Mello (diretora da Fetems), Paulo Cesar (diretor da Fetems), Idonei Lima Pedra (professora) e Fátima Silva (secretária de relações internacionais da CNTE) se reuniu nesta tarde com os deputados Diogo Tita (PPS), Mara Casero (PT do B), Pedro Kemp (PT), professor Rinaldo (PSDB) e Júnior Mocchi (PMDB) para discutir a greve.

Segundo Roberto Magno, os deputados entendem a importância do 1/3 de hora- atividade para planejamento e disseram que é possível cumprir o pedido. Para isso, vão solicitar uma reunião com o governador André Puccinelli (PMDB) e negociar a questão.

Ainda segundo o presidente da Fetems, os deputados afirmaram que o tempo a mais para planejamento melhoraria significativamente a qualidade do ensino da escola pública, além de ajudar na saúde do trabalhador em educação que leva serviço para casa constantemente.

A reunião deve ser marcada para amanhã (15) se o governador tiver agenda.

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