Dorival exalta Neymar e diz que “brucutus” prejudicam Seleção
Dorival Júnior não se satisfaz com a série de vitórias recentes da Seleção Brasileira. O técnico do Internacional isenta Mano Menezes de culpa pelo não acerto de um time ideal, exalta jogadores como Neymar, Ganso e Lucas e aponta a “valorização dos brucutus” (termo usado no futebol para jogadores de pouco recurso técnico) como fator […]
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Dorival Júnior não se satisfaz com a série de vitórias recentes da Seleção Brasileira. O técnico do Internacional isenta Mano Menezes de culpa pelo não acerto de um time ideal, exalta jogadores como Neymar, Ganso e Lucas e aponta a “valorização dos brucutus” (termo usado no futebol para jogadores de pouco recurso técnico) como fator primordial para o tímido rendimento da Seleção.
“A Seleção é penalizada pela letargia nas nossas formações. Pagamos um preço alto por valorizar o futebol força. Sumiram os armadores e apareceram os três zagueiros. Valorizamos os pegadores, os ‘brucutus’ e abrimos mão de quem toca a bola, de quem tem ginga e o improviso”, afirmou o técnico em entrevista ao Terra.
O ex-treinador santista trabalhou com Neymar e Ganso em 2010. Na ocasião, Dorival ficou marcado pela montagem de um time extremamente ofensivo, responsável por goleadas significativas (10 a 0 no Naviraiense, 9 a 1 no Ituano, 8 a 1 no Guarani). A dupla chegou a ter cogitada a convocação para a Copa do Mundo da África do Sul devido a incessantes pedidos populares, mas acabaram preteridos na ocasião. Neymar hoje é a principal referência de era Mano Menezes.
“Enquanto tivermos Neymar, Lucas e Paulo Henrique restará esperança. A Seleção paga um preço alto pelo pouco tempo de treinamento. Infelizmente, isso compromete o trabalho. Não adianta analisarmos o trabalho do Mano, ele só teve a Copa América para montar, treinar e colocar em jogo uma equipe que estava sendo remontada. Foi uma competição de início de trabalho”, explicou.
A Seleção vem de seis vitórias seguidas com Mano Menezes, mas não convence. Não marcou mais que dois gols por partida e venceu adversários intermediários. Na principal vitória, contra a Argentina, no Superclássico das Américas, ambos só contaram com jogadores que atuavam no País.
“Precisamos de recuperação, somos a 7ª seleção do mundo pelo ranking da Fifa (em atualização divulgada nesta quarta-feira, pela entidade máxima do futebol, o Brasil ganhou duas colocações e subiu para o 5º lugar do ranking). Passamos a ser uma equipe individualista, que só supera as defesas adversárias em um lampejo deles (jogadores)”, disse.
Mano Menezes afirmou não ter sofrido crises no comando da Seleção Brasileira, nem mesmo com a queda precoce na Copa América, ainda nas quartas de final, para o Paraguai, em 2011.
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