Disputa esquenta em Ponta Porã com ‘guerra santa’ e ações judiciais

A ascensão do candidato da coligação “Ponta Porã Pode Mais”, Ludimar Novais (PPS), que saiu do último para o primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto instaurou um clima de ‘guerra santa’ nas eleições. Governistas são acusados de distribuir panfletos apócrifos, com ataques religiosos. Em reposta, Novais pediu a cassação da candidatura do tucano […]

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A ascensão do candidato da coligação “Ponta Porã Pode Mais”, Ludimar Novais (PPS), que saiu do último para o primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto instaurou um clima de ‘guerra santa’ nas eleições. Governistas são acusados de distribuir panfletos apócrifos, com ataques religiosos. Em reposta, Novais pediu a cassação da candidatura do tucano Hélio Peluffo.

Neste último final de semana, quando milhares de pessoas foram ao Paraguai por conta da promoção “Black Fryday”, uma mobilização envolvendo policiais, Justiça Eleitoral e organizadores da campanha de Novais flagraram três cabos eleitorais do candidato Peluffo distribuindo panfletos apócrifos.

Presos, os três confessaram terem sido contratados por Anderson Monteiro, filho da candidata a vice-prefeita na chapa governista, Maria de Lourdes Monteiro (PTB), vereadora que perdeu o mandato por infidelidade partidária. Ainda na delegacia, eles disseram que receberam R$ 50, cada um para fazer a distribuição.

O material apreendido apela para o lado religioso das pessoas, informando que Novais teria feito um pacto demoníaco “por ter doado verbas para um Centro de Umbanda”.

Coincidentemente o conteúdo dos panfletos é o mesmo que circula em um vídeo também apócrifo na Internet. “Em troca de sua eleição para vereador, Ludimar Novais, fez pacto com Centro de Macumba. Assim que se elegeu foi pagar sua dívida, utilizando R$ 16 mil de verba pública para doar para mãe de santo”, diz o vídeo.

O caso tirou o juiz eleitoral e o promotor de Justiça de casa, no último domingo (23) à noite. O juiz eleitoral Mauro Nering Karloh e o promotor de Justiça Marcelo Eli foram à Delegacia de Polícia para ouvir os presos.

Segundo informações obtidas na Polícia Civil, eles assinaram um TCO (Termo Circunstancial de Ocorrência) para se apresentarem à Justiça em data agendada, incluindo o filho da candidata a vice-prefeita, Anderson Monteiro.

Reação

A coligação “Ponta Porã Pode Mais”, de Ludimar Novais, contra atacou em duas frentes, denunciando à emissora de televisão crimes contra a administração pública, supostamente praticados por Peluffo.

Em outra frente, a coligação pediu a cassação do registro de candidatura do tucano por ver crime eleitoral, abuso de poder e descriminação religiosa. “O candidato usou de meios torpes para obter resultados ilícitos contra um de seus adversários, além de não comprovar a origem financeira do material distribuído”, alegam.

(Com assessoria)

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