Dinamarca assume a presidência da União Europeia
A Dinamarca, um dos poucos países na Europa dirigido por um governo de centro-esquerda, assumiu a presidência da União Europeia (UE) decidida a realizar muitas reuniões entre os 27 países para resolver a crise na Eurozona, grupo que não integra. A monarquia de 5,6 milhões de habitantes estará, a princípio, na linha de frente na […]
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A Dinamarca, um dos poucos países na Europa dirigido por um governo de centro-esquerda, assumiu a presidência da União Europeia (UE) decidida a realizar muitas reuniões entre os 27 países para resolver a crise na Eurozona, grupo que não integra.
A monarquia de 5,6 milhões de habitantes estará, a princípio, na linha de frente na luta contra a crise do euro, embora ainda corra o risco de ser marginalizada junto com os outros nove países membros da UE, incluindo a Grã-Bretanha, que não adotaram a moeda única.
“Compreendo perfeitamente que os 17 países membros da Eurozona precisam tomar certas decisões entre eles”, afirmou a primeira-ministra dinamarquesa, a social-democrata Helle Thorning-Schmidt.
“Estas reservas serão totalmente preservadas, é claro”, disse o ministro dos Assuntos Europeus, Nicolai Wammen.
Mas ele destacou que o país também vai presidir as reuniões sobre estas questões”.
Thorning-Schmidt também garante que Copenhague vai se esforçar para “ser uma ponte entre os 17 e os 27”, a fim de evitar o aumento do abismo entre a Eurozona e os países satélites.
Esta tarefa se torna mais difícil, já que a autoridade da presidência declinou desde o Tratado de Lisboa, que criou o cargo de presidente permanente do Conselho Europeu, e depois que a Grã-Bretanha se retirou da mesa de negociações no dia 9 de dezembro, aumentando a ameaça de uma desintegração da Europa.
Estes problemas não dissuadem Thorning-Schmidt, que afirmou que a negociação é “uma especialidade da Dinamarca”, lembrando que seu governo é uma coalizão de três partidos políticos (social-democratas, socialistas e social-liberais).
A presidência dinamarquesa vai se destacar por sua vontade de gerar emprego e crescimento investindo em energia renovável.
“Parte da resposta (à crise) consiste em garantir o investimento na eficiência energética e no crescimento verde. Cada euro gasto em eficiência energética trará emprego europeu”, declarou o ministro da Energia, Clima e Construção, Martin Lidegaard.
Copenhague também tentará abrir novas oportunidades comerciais para as empresas europeias, negociando acordos com o Japão, Canadá, Índia e Tunísia.
Apesar de tudo, o programa dinamarquês é essencialmente de seu antecessor polonês, como uma melhor integração do mercado único, que deve passar pelo desenvolvimento da infraestrutura europeia de transportes e a criação de um mercado único digital.
Também será uma prioridade continuar com os esforços para melhorar o controle das fronteiras da UE e a imigração.
A Dinamarca aplica uma das políticas de imigração mais restritivas da Europa, criada pelo governo anterior de direita com a pressão do Partido do Povo Dinamarquês, uma formação populista. Thorning-Schmidt apenas revisou uma parte desta política desde sua eleição em setembro passado.
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