Dilma viaja e Marco Maia assume Presidência em meio a crise política

Em meio à crise política que tem azedado a relação entre o Executivo e o Legislativo, a presidente Dilma Rousseff (PT) passará uma semana fora do Brasil, em uma agenda internacional na Índia. O vice-presidente, Michel Temer (PMDB), primeiro sucessor, também está no exterior, e a partir desta segunda-feira a Presidência estará sob o comando […]

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Em meio à crise política que tem azedado a relação entre o Executivo e o Legislativo, a presidente Dilma Rousseff (PT) passará uma semana fora do Brasil, em uma agenda internacional na Índia.

O vice-presidente, Michel Temer (PMDB), primeiro sucessor, também está no exterior, e a partir desta segunda-feira a Presidência estará sob o comando do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS).

A presidente embarca para Nova Déli na noite deste domingo para um encontro com as principais economias emergentes do Mundo, os Brics, formados por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O principal assunto da pauta multilateral será os efeitos da crise econômica e a proposta de criação de um banco único de desenvolvimento dos Brics. Dilma aproveitará a viagem para ter compromissos bilaterais com o premiê indiano Manmohan Singh, com quem deverá assinar acordos de cooperação técnica nas áreas ambientais, cultural, científica e tecnológica. Segundo estimativas do Itamaraty, a previsão de transações comerciais entre os dois emergentes até 2015 é da ordem de US$ 15 milhões.

Outro tema de destaque que poderá passar superficialmente na reunião dos Brics, mas com destaque na agenda com a Índia é a reforma das Nações Unidas, em especial a do Conselho de Segurança. Ao lado de Alemanha e Japão, Brasil e Índia compõe o grupo de quatro países que aspiram um assento permanente no órgão.

A China, que já possui cadeira permanente e poder de veto, tem resistência ao Japão. Tanto para os chineses quanto para os russos, uma mudança estrutural da instituição não é um tema muito agradável.

Por essa razão, o tema deverá ser aprofundado no encontro entre Dilma e Singh, que comandam os dois emergentes de olho na reforma institucional da ONU. Em viagem desde a última quinta-feira, o vice-presidente Michel Temer está em Seul (Coreia do Sul), onde representa o Brasil, a pedido da presidente Dilma, na 2ª Cúpula sobre Segurança Física Nuclear.

O Brasil tem uma posição tradicional de incentivar o desarmamento e a não-proliferação de armas nucleares. Temer volta a Brasília na quara-feira, quando assume interinamente a Presidência da República até o fim da semana.

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