Dez Ceinfs estão com as atividades paralisadas em Campo Grande, afirma Sindicato

Cerca de mil crianças tiveram que retornar para casa por causa da mobilização dos funcionários

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Cerca de mil crianças tiveram que retornar para casa por causa da mobilização dos funcionários

Aproximadamente 300 funcionários paralisaram suas atividades nos Ceinfs (Centro de Educação Infantil), nesta terça-feira (15), em Campo Grande.

De acordo com a presidente do Senalba/MS (Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado de Mato Grosso do Sul), Maria Joana Barreto Pereira, pode chegar a dez o número de Ceinfs que interromperam 100% suas atividades, na capital.

Em média, cada centro paralisado deixa de atender entre 80 a 100 crianças. E, nas reivindicações a categoria pede 14% de aumento salarial, plano de saúde e férias no mês de janeiro.

A categoria está reunida no sindicato, onde vão decidir se seguem em greve, ou se voltam ao trabalho.

A maioria dos funcionários são recreadores, auxiliares administrativos, atendentes de berçário, auxiliares de serviços diversos e cozinheiras.

Negociações

Segundo a presidente do sindicato, as negociações sobre reajuste salarial tiveram início no mês de março e a data base da categoria é 1º de maio.

Maria Joana ressaltou que no início do mês teve uma reunião com o Ministério Público Estadual, com a presença dos representantes dos Ceinfs e Cras, mas ninguém da prefeitura, da Omep e Seleta compareceram.

A maioria dos profissionais são terceirizados e recebem entre R$ 622 a R$ 770. Em Campo Grande são 97 Ceinfs e 19 Cras, atendendo 19 mil crianças.

Reclamações

Os profissionais reclamam que muitas vezes um recreador cuida de duas salas, que podem ficar com até 60 crinças, sendo que o correto seria 15 crianças, por profissional.

A paralisação foi decidida em razão de um possível aumento de 6%, a partir de um acordo coletivo estadual e por causa da ausência da Omep e Seleta na reunião com o MPE.

Para os profissionais, eles precisam ser mais valorizados porque cuidam das crianças como se fosse uma segunda mãe, dando carinho e atenção.

A educadora Edneide Ferreira Batista, 43 anos, o salário deixa a desejar. “O número de atestados médicos é grande e acaba sobrecarregando quem está trabalhando. Deveria ter concurso público”.

Eliana Pimentel de Melo, 38 anos, enfocou que o salário é muito baixo para ficar cuidando de 30, 40 crianças, em uma sala.

O sindicato tem cerca de 680 associados e a categoria deve decidir no final desta manhã se farão uma mobilização.

A prefeitura garantiu que os Ceinfs vão abrir que não haverá prejuízo à população. E, caso seja necessário, profissionais poderão ser contratados para suprir os que estão na mobilização.

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