Devotos de Santo Antônio formam filas para pegar o bolo e encontrar as alianças
As filas tomavam conta da rua em frente à Catedral, parecendo intermináveis. Eram em grande maioria de mulheres, das mais variadas idades
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As filas tomavam conta da rua em frente à Catedral, parecendo intermináveis. Eram em grande maioria de mulheres, das mais variadas idades
A expectativa era grande para pegar o bolo de Santo Antônio na manhã desta quarta-feira (13), feriado do padroeiro em Campo Grande.
As filas tomavam conta da rua em frente à Catedral, parecendo intermináveis. Eram em grande maioria de mulheres, das mais variadas idades. Poucos homens acordaram cedo para garantir um pedaço do bolo.
Maria Rosa Star, 42 anos, era a primeira da fila. “Vim pegar para as minhas filhas”, afirmou.
Segundo Maria, é o quarto ano que participa das festividades. “Estou aqui e as minhas filhas não param de ligar para saber se já peguei o bolo”.
Sem intenção de se casar, Dona Francisca Maria da Silva, 63 anos, ressaltou que o mais importante é receber as bênçãos do santo. “Vim buscar as graças de Santo Antônio. Nós todos estamos precisando, pois nossa cidade está muito violenta”.
Um dos poucos homens na quilométrica fila, Sebastião Alves da Silva, 48 anos, falou da tradição do bolo com as alianças e que esteve nos anos anteriores. “Casamento é consequência e loteria”, brincou.
Silva que participou em outros anos disse que o mais importante é a fé. “E se divertir, porque acaba sendo bem engraçado”, avaliou.
O devoto de Santo Antônio reclamou um pouco da organização. “Acho desnecessário formar uma fila para comprar e outra para pegar o bolo. A gente fica duas vezes nessas filas”.
Nabor Marques, um dos responsáveis pela confecção do bolo destacou que nem dormiu direito. “É muita responsabilidade”, contou.
Benção
Antes da partilha do bolo, Dom Vitório Pavanello, Arcebispo Emérito de Campo Grande, enfocou que cada paróquia tem sua identidade e esta é a da Catedral.
O Arcebispo recebeu o primeiro pedaço, após ter abençoado o bolo. “Está provado e aprovado”.
Alianças
Ansiosas para encontrar uma aliança, muitas mulheres nem comiam o bolo e procuravam com a colher.Um misto de emoção e alegria tomava conta do salão da Catedral cada vez que uma aliança era encontrada.
Geni da Silva, 70 anos, achou a aliança e ressaltou a fé no Santo. “Estou muito feliz. É uma emoção”.
Ilza Barbosa é casada, mas pegou a aliança nos últimos três anos.”Achei em 2010, 2011 e agora”, comemorou.
Casamento
Andrezza Paiva, 32 anos, encontrou uma aliança em 2010. “Doze dias depois eu conheci meu marido e no dia 18 de fevereiro deste anos nos casamos”.
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