‘Demora no tempo de espera para o ônibus ficará no passado’, promete prefeitura

Novo projeto de ônibus, ainda em fase de testes, será semelhante a um metrô que circula nas grandes capitais. E licitação prevê pontualidade e fim da disputa de ônibus X carros de passeio

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Novo projeto de ônibus, ainda em fase de testes, será semelhante a um metrô que circula nas grandes capitais. E licitação prevê pontualidade e fim da disputa de ônibus X carros de passeio

O tempo de espera para a chegada de um ônibus e a demora no trajeto, algo que incomoda os usuários do transporte coletivo e é motivo de desistência de uso por parte de muitos passageiros, será um problema do passado, promete a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).

“Pretendemos desafogar o trânsito com equipamentos e uma frota mais nova. Serão quatro terminais de ônibus que percorrerão os 55 quilômetros de CTC´s (Corredores de Transporte Coletivo), passando por quatro terminais. Hoje, temos como desafio diminuir o tempo do trajeto e a dificuldade nos terminais de integração na região norte, já que não temos um na saída para Três Lagoas e isso aumenta o tempo da viagem”, explica o diretor presidente da Agetran, Rudel Trindade.

Outro problema na cidade, segundo Rudel, é a disputa entre veículos e ônibus nas vias. “A viagem mais longa tem uma grande complicação por conta da disputa entre carros de passeio e ônibus, algo que pretendemos acabar com a construção dos CTC´s. E a agência de regulação agora estabelece índices de satisfação, pontualidade e diversos itens a empresa operadora, para não perdermos o passageiro”, afirma Rudel.

Os CTC´s fazem parte do projeto Mobilidade Urbana, do PAC 2 (Projeto de Aceleração do Crescimento). “Teremos o CTC Norte Sul, que fará o trajeto Nova Bahia – General Osório – Centro, o CTC Sudoeste, com o percurso Aero Rancho – Bandeirantes – Centro e por último o CTC Sul, com a construção do novo terminal Cafezais – Guaicurus – Centro, gastos na ordem de R$ 180 milhões”, diz Rudel.

Para a construção de todo este projeto, Rudel conta que Campo Grande foi escolhida pelo Ministério das Cidades para apresentar um projeto conceitual do transporte coletivo. “Apresentamos primeiro o projeto piloto, sem muitos detalhes. Agora estamos na fase do projeto executivo com a Caixa Econômica Federal. Temos de detalhar os orçamentos, tipo de pavimento e custos, entre outras exigências”, conta Rudel.

Com relação aos coletivos, André Oliveira, gerente de marketing da Marcopolo, empresa fabricante dos ônibus a serem utilizados na Capital, ele fala dos benefícios. “Os ônibus possuem 2,60 metros de altura, são dez centímetros a mais do que os que já estão sendo utilizados e com 18 metros a mais de comprimento. Agora eles estão sendo utilizados no Rio de Janeiro e existe a possibilidade de serem utilizados aqui também. Amanhã um modelo desse estará percorrendo as vias da cidade”, afirma Oliveira.

O prefeito da Capital, Nelson Trad Filho, compara os novos coletivos a um metrô utilizado nas grandes cidades. “É um vagão semelhante a um metrô, com ar-condicionado, local para idoso, informação através de monitores GPS (Rastreador Via Satélite), algo que ajuda o turista porque mostra exatamente o ponto onde o passageiro se encontra na cidade e também é uma segurança a mais para o trabalhador”, garante o prefeito.

Nelsinho diz ainda que a nova licitação visa diminuir a espera nos ônibus. “É um pedido antigo da população para que diminua a superlotação. E, como aumentou o número de veículos, também aumentará o número de ônibus nas ruas”, conclui o prefeito.

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