Crime na fronteira ratifica “risco Brasil” para jornalistas

Um crime ocorrido nesta quinta-feira na fronteira com o Paraguai, ratificou dados divulgados dois dias antes pela Press Emblem Campaign (PEC) – organização civil que visa proteger comunicadores ao redor do mundo – de que o Brasil é o quarto país mais perigoso para jornalistas. O proprietário do Jornal da Praça, Luiz Henrique Georges, mais […]

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Um crime ocorrido nesta quinta-feira na fronteira com o Paraguai, ratificou dados divulgados dois dias antes pela Press Emblem Campaign (PEC) – organização civil que visa proteger comunicadores ao redor do mundo – de que o Brasil é o quarto país mais perigoso para jornalistas.

O proprietário do Jornal da Praça, Luiz Henrique Georges, mais conhecido como Tolu, foi assassinado por volta das 16 horas, próximo ao Parque dos Ervais, em Ponta Porã. Uma camionete se aproximou do veículo onde a vítima seguia, e os ocupantes efetuaram diversos tiros de fuzil.

Tolú não resistiu e morreu na hora. Dois de seus funcionários (não-jornalistas) que o acompanhavam também foram atingidos: Gordo Verás acabou morrendo e Ananias Duarte conseguiu escapar com vida, sendo socorrido e encaminhado a um hospital local. O empresário havia adquirido o jornal recentemente.

Em fevereiro deste ano, o jornalista Paulo Roccaro foi executado de maneira semelhante. Ele também escrevia para o Jornal da Praça, e era conhecido por produzir matérias investigativas que abordavam temas como política e tráfico de drogas. O crime ainda não foi solucionado pela polícia.

Com o homicídio de ontem, o Brasil chega a oito comunicadores mortos apenas em 2012, ficando atrás da Síria, Somália e México, com 32, 16 e 10 vítimas respectivamente. De acordo com a PEC, nos últimos nove meses, 110 profissionais da área morreram em 25 países.

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