Credores do Independência aprovam oferta do JBS

Com aprovação de cerca de 80%, os credores do Frigorífico Independência aprovaram na manhã desta terça-feira (15), a oferta do grupo JBS, a qual inclui a compra de créditos dos credores para com a indústria. A assembleia Leia também: Câmera da Nasa captura ‘bola de fogo’ no céu do Texas Floristas de Campo Grande se […]

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Com aprovação de cerca de 80%, os credores do Frigorífico Independência
aprovaram na manhã desta terça-feira (15), a oferta do grupo JBS, a qual
inclui a compra de créditos dos credores para com a indústria. A assembleia
de aprovação ocorreu em São Paulo e teve a presença de representantes dos
credores do Estado e da Federação da Agricultura e Pecuária de MS
(Famasul).
Pela primeira parte da proposta, o JBS oferece R$ 133 milhões para
pagamento dos créditos aos credores, sendo que desse total, 2% seriam
destinados aos credores pecuaristas. Dos cerca de R$ 42 milhões devidos
inicialmente aos pecuaristas de Mato Grosso do Sul pela indústria, R$ 17
milhões ainda não foram pagos.
A segunda parte da negociação prevê a transferência dos ativos, a qual fica
condicionada a aprovação dos bonholders. Pelo menos duas das plantas
integrantes dos ativos em negociação ficam em Mato Grosso do Sul: em Campo
Grande e em Nova Andradina.
“Juridicamente não é uma venda, é uma cadeia de negociações com objetivo de
reduzir a possibilidade de questionamento judicial por parte de eventuais
credores insatisfeitos”, considera o assessor jurídico da Famasul, Carlo
Daniel Coldibelli.
Histórico – Em recuperação judicial desde maio de 2009 o Independência
pagou de uma só vez, em março de 2010, as dívidas a credores inferiores a
R$ 100 mil. O acordado era que os pecuaristas com crédito acima dessa
quantia passassem a receber o valor parcelado em 24 meses. Só que em
setembro do mesmo ano o pagamento foi suspenso. Em assembleia, naquele
mesmo mês, o frigorífico se comprometeu a pagar as prestações de setembro e
outubro em novembro, o que não aconteceu pois o parcelamento nunca foi
retomado.
Em abril de 2011, o Independência obteve a anuência dos credores para
vender ativos por meio de leilão judicial, visando quitar débitos e evitar
a falência da indústria. E desde então, com sucessivas interrupções e
protelações de assembleias, não houve definição sobre os rumos que seriam
dados aos ativos do frigorífico.

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