Corumbá e mais três municípios de MS que adotaram feriado da Consciência Negra
Corumbá, Ladário, Itaporã e Jaraguari são as únicas cidades dentro do estado de Mato Grosso do Sul que adotaram como feriado 20 de novembro, data conhecida como Dia Nacional da Consciência Negra. A adesão ao feriado ou instituição de ponto facultativo é decisão legal de cada estado ou município. Mais de 700 cidades já adotaram o feriado […]
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Corumbá, Ladário, Itaporã e Jaraguari são as únicas cidades dentro do estado de Mato Grosso do Sul que adotaram como feriado 20 de novembro, data conhecida como Dia Nacional da Consciência Negra. A adesão ao feriado ou instituição de ponto facultativo é decisão legal de cada estado ou município. Mais de 700 cidades já adotaram o feriado no país.
Desde 2008, seguindo a lei municipal nº 2.084, de 19 de dezembro, Corumbá celebra o dia dedicado à reflexão da sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. Uma extensa programação, organizada pela Gerência de Promoção da Igualdade Racial, ligada à Secretaria Especial de Integração das Políticas Sociais, junto com o Conselho de Desenvolvimento e Defesa da Comunidade Negra (COMDDEN), aconteceu nos últimos dias.
Nesta terça-feira, Dia da Consciência Negra, está marcado o Torneio de Futsal “Zumbi dos Palmares”, na Quadra de Esportes da Alameda Vulcano, às 08 horas. Encerrando as atividades, a partir das 19 horas, será celebrada missa afro na Capela Sagrado Coração de Jesus.
O Dia Nacional da Consciência Negra foi escolhido por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte de africanos para o solo brasileiro (1594). Zumbi foi um dos principais líderes do Quilombo dos Palmares, em Alagoas, uma das áreas usadas pelos escravos quando fugiam do domínio dos senhores de engenho.
As primeiras referências à Palmares são de 1580, na região da Serra da Barriga, onde fica hoje o Parque Memorial Quilombo dos Palmares. Há estimativas de que o quilombo resistiu a mais de 100 anos.
O líder do Quilombo dos Palmares, no final do século XV, era Ganga Zumba, tio de Zumbi. Em 1678, o governador da Capitania de Pernambuco ofereceu um acordo de paz a Ganga Zumba, que aceitou, mas nem todos concordaram. Aconteceu, então, uma rebelião, liderada por Zumbi, que governou o grupo por 15 anos. Foram necessárias 18 expedições do governo português, liderados por bandeirantes, para erradicar Palmares.
Zumbi adotou uma estratégia de defesa baseada em táticas de guerrilha. Os bandeirantes descobriram, por meio de um delator, o esconderijo do líder. E em 20 de novembro de 1695, eles mataram Zumbi em uma emboscada. Sem outra liderança, Palmares sobreviveu até 1710, quando se desfez. Desde 1995, Zumbi faz parte do panteão de Herois da Pátria.
Os quilombolas, nome dado atualmente aos descendentes dos moradores dos antigos quilombos, são reconhecidos e suas áreas são demarcadas. Assim, ajudam manter a tradição e a cultura negra.
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