Conselho denuncia que faltam até corredores para colocar pacientes em Dourados
Segundo o presidente do Conselho de Saúde a situação é insuportável e o problema já não é mais paciente em corredor, mas a falta de corredores para colocar os pacientes. Hoje só no Pronto Socorro, a média é de 40 pessoas por dia para serem atendidas.
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Segundo o presidente do Conselho de Saúde a situação é insuportável e o problema já não é mais paciente em corredor, mas a falta de corredores para colocar os pacientes. Hoje só no Pronto Socorro, a média é de 40 pessoas por dia para serem atendidas.
O presidente do Conselho Municipal de Saúde de Dourados, Demétrius do Lago Pareja, resumiu a situação do Hospital da Vida em “insuportável”. O motivo é a falta de estrutura e baixo investimento financeiro. Além disso, a greve do HU (Hospital Universitário), que vem desde o dia 22 de maio, agravou a situação, já que o HU deveria ser a retaguarda do Hospital da Vida. A secretária de saúde, Silvia Bosso, esteve reunida em Campo Grande, na quarta-feira (20) com a secretária Estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, para tentar resolver a questão.
O Hospital da Vida de Dourados é referência de atendimento para 33 municípios, ou cerca de 800 mil pessoas. Contudo vem recebendo repasses financeiros muito abaixo do que seria necessário para dar conta da demanda. Demétrius disse que o Conselho registrou em ata, na reunião desta semana, a situação de “caos”, pois o Hospital da Vida é a única porta aberta para o atendimento de alta complexidade dos municípios que compõem a grande Dourados.
“Já passamos da fase de macas em corredores. Agora não há mais corredores para tanta gente. A situação é insuportável. O HU não consegue tocar o que tem de demanda, muito menos ser a retaguarda que deveria para o Hospital da Vida. Se existe gestão eficiente está claro que o município precisa urgentemente ter investimentos diferenciados. A verdade é que a distribuição de recursos não é justa”, contou.
Repasses financeiros são muito abaixo do que Hospital precisa
Demétrius explicou que o Hospital da Vida recebe por mês R$ 1,3 milhão, sendo referência para 800 mil vidas, enquanto o Hospital Regional recebe R$ 10 milhões mensais, com referência para 1,2 milhão de pessoas. “Se nós temos ¾ de volume em comparação ao HR, é obvio que Dourados tinha que receber pelo menos R$ 8 milhões por mês. A própria gestão reconhece esse gargalo. É preciso que as autoridades se mobilizem”, destacou.
A secretária municipal de saúde, Silvia Bosso, esteve na quarta-feira (20) reunida com a secretaria estadual Beatriz Dobashi para tentar resolver a questão. A reportagem tentou entrar em contato com ambas as secretárias, mas não obteve resposta.
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