Cobrança de parcela na conta de água gera revolta de moradores do Santo Antônio

A cobrança adiantada mês a mês de 36 parcelas na conta de água, para a construção do esgoto em algumas ruas do bairro Santo Antônio está revoltando os moradores da região

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A cobrança adiantada mês a mês de 36 parcelas na conta de água, para a construção do esgoto em algumas ruas do bairro Santo Antônio está revoltando os moradores da região

A cobrança adiantada mês a mês de 36 parcelas na conta de água, para a construção do esgoto em algumas ruas do bairro Santo Antônio está revoltando os moradores da região, que querem ao menos uma satisfação de quando irá começar as obras e o que será feito com o dinheiro arrecadado.

“Na minha conta chegou descrito como cobrança debitada de 1 + 36 vezes de R$ 12,77. No total, a dívida chega a quase R$ 473 por pessoa. Sem idéia e previsão do serviço cobrado, liguei na Águas Guariroba e me disseram que é por conta do esgoto que será construído, que já tinham passado pela rua para informar e pedir a assinatura dos moradores. Porém, recapearam o asfalto e, se for fazer o esgoto, terá de destruir tudo novamente. É o dinheiro público que está sendo gasto erroneamente”, afirma o servidor público federal, Agnaldo Cardoso Nunes, 55 anos.

Também revoltada com a situação, Aparecida Lopes Cardoso, 38 anos e Valdete da Silva Ferreira, 56 anos, ambas donas de casa, dizem que vão pedir o ressarcimento ou desconto na conta de água, caso o serviço não seja feito em breve. “Eu não assinei nada, nem fui comunicada e pago todo mês R$ 17,40 de esgoto, sem desfrutar do serviço. Acho que tem de ser feito, por conta de melhorias na saúde, só que a gente deve pagar somente por algo que consome”, diz Valdete.

Segundo Aparecida, além da cobrança de esgoto adiantada, a Àguas Guariroba (Empresa Concessionária de Água e Esgoto de Campo Grande) está enviando contas adiantadas, com base em uma média de gasto do consumidor. “Nós não temos nem a opção de economizar. Eu já recebi a conta com vencimento no dia dez de fevereiro, com base no meu consumo do mês de janeiro. Como eles sabem o quanto gastei se o mês ainda nem acabou? E com alguns vizinhos é ainda pior, tem uma moradora que já recebeu do mês de março e ainda estamos em janeiro, é um absurdo!”, alega Aparecida Cardoso.

Em contato com a empresa Águas Guariroba, a assessoria de imprensa informou que a média de consumo só não é feita em casas onde não é possível fazer a leitura mensal ou locais onde o hidrômetro não esteja à vista. Além disso, segundo a empresa, os “leituristas” fazem a impressão simultânea da conta após a leitura, com o vencimento para o mês subseqüente.

Com relação ao esgoto nas ruas do bairro Santo Antônio, a assessoria informou que a algumas ruas já possuem esgoto e o TIL (Terminal de Inspeção e Limpeza) desde 2008, que faz parte da conexão do esgoto da rua e que até agora não foi conectado em algumas casas, por isso a cobrança do serviço. Neste caso, a empresa afirma que os moradores que não fizeram a ligação estão irregulares e que o serviço é obrigatório, de acordo com a Lei Federal nº 11.445, 05/01/2007; Lei Estadual nº 1.293, de 21/09/1992 – Código Sanitário de MS e a Lei Municipal nº 2.909, de 28/07/1992. A empresa ainda cita que o valor do TIL é de R$ 459,87, que está parcelado em 36 vezes.

 

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