CNA estima queda de 0,75% no PIB do agronegócio no primeiro trimestre do ano

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio recuou 0,22% em março, resultado que ampliou para 0,75% a queda no acumulado do primeiro trimestre de 2012, segundo estimativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) feita em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da Escola Superior “Luiz de Queiroz” […]

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O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio recuou 0,22% em março, resultado que ampliou para 0,75% a queda no acumulado do primeiro trimestre de 2012, segundo estimativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) feita em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da Escola Superior “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP). O desempenho é oposto ao registrado em 2011, quando o PIB do agronegócio cresceu 0,77% no mês e 2,44% no trimestre.

De forma isolada, o PIB da agropecuária cresceu apenas 0,03% no acumulado de 2012. A agricultura registrou queda de 0,99% no trimestre e a pecuária acumulou crescimento de 1,41%. O desempenho das atividades agrícolas se explica, em especial, pelo menor patamar dos preços recebidos (taxa média de -2,95% em relação ao primeiro trimestre de 2011).

“Embora em menor percentual, a produção estimada para a safra atual também registrou queda no trimestre, com taxa média de -0,65%. Com isso, a retração média no faturamento das atividades é de 3,92%”, avaliou a Superintendência Técnica da CNA. O desempenho positivo da pecuária é resultado da alta de preços de alguns produtos.

No caso do leite, a elevação, em março, esteve atrelada à menor oferta do produto nas principais bacias leiteiras, o que aumentou a disputa de laticínios e cooperativas pela matéria-prima. A demanda interna por frango esteve aquecida no período, o que também influenciou o resultado da pecuária.  O consumo interno também influenciou positivamente o desempenho da indústria de café, de acordo com a análise da CNA/CEPEA.

Entre as indústrias de processamento vegetal, o destaque foi a indústria de café, que, mesmo com preços e produção em desaceleração, acumulou a alta mais expressiva na comparação entre os trimestres: crescimento de 1,72%, no mês, e 5,67%, no trimestre.

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