Clínica pernambucana que deixou pacientes cegas tinha água contaminada

A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) apresentou nesta terça-feira o resultado da investigação feita no Instituto da Visão de Pernambuco, em Caruaru, 130 km do Recife. Foram encontradas 54 irregularidades em todos os setores da clínica privada, com destaque para a estrutura física inadequada, má esterilização de materiais cirúrgicos e contaminação da água util…

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A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) apresentou nesta terça-feira o resultado da investigação feita no Instituto da Visão de Pernambuco, em Caruaru, 130 km do Recife. Foram encontradas 54 irregularidades em todos os setores da clínica privada, com destaque para a estrutura física inadequada, má esterilização de materiais cirúrgicos e contaminação da água utilizada.

No dia 26 de março, quatro mulheres que realizaram cirurgia de catarata na clínica desenvolveram inflamação do globo ocular (endoftalmite bacteriana aguda) e ficaram cegas. A inflamação foi causada pela bactéria Serratia marcescens, do grupo dos coliformes. De acordo com o relatório da Apevisa, toda água do instituto, inclusive a do bloco cirúrgico, era contaminada por bactérias do mesmo grupo das que causaram a cegueira das pacientes.

O gerente-geral da Apevisa, Jaime Brito, evitou taxar como causa da inflamação que levou à cegueira a presença de água contaminada por bactérias na clínica oftalmológica. No entanto, classificou a relação como “provável”.

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