Chanceler uruguaio denuncia na ONU mudança de governo no Paraguai
O ministro das Relações Exteriores uruguaio, Luis Almagro, condenou neste sábado, na Assembleia Geral da ONU, “a ruptura da ordem democrática” no Paraguai, que significou a destituição de Fernando Lugo e a nomeação de Federico Franco como novo presidente. “Em nossa região recebemos ameaças com um componente ideológico importante. A tentativa de golpe de Estado […]
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O ministro das Relações Exteriores uruguaio, Luis Almagro, condenou neste sábado, na Assembleia Geral da ONU, “a ruptura da ordem democrática” no Paraguai, que significou a destituição de Fernando Lugo e a nomeação de Federico Franco como novo presidente.
“Em nossa região recebemos ameaças com um componente ideológico importante. A tentativa de golpe de Estado no Equador e a ruptura da ordem democrática no Paraguai, mostram que os governos foram afetados no desenvolvimento de suas políticas”, disse Almagro.
“Fatos recentes, como os que aconteceram no Paraguai, demonstram que o Estado de Direito ainda está sujeito a armadilhas e que, apesar dos avanços realizados em termos de institucionalidade democrática em todas as nossas nações, as ameaças à plena vigência dos direitos fundamentais e aos valores democráticos ainda persistem”, acrescentou o chanceler ao discursar no grande encontro anual da ONU em Nova York.
“O Estado de Direito e a democracia não são valores adquiridos, mas sim valores que devem ser defendidos a cada dia como bens preciosos”, alertou. O Mercosul e a União das Nações Sul-americanas (Unasul) suspenderam o Paraguai em represália pela destituição de Fernando Lugo, em um julgamento político sumário pelo Congresso em junho, um fato que recebeu críticas unânimes dos governos latino-americanos.
Na quinta-feira, Federico Franco denunciou na ONU a difícil situação internacional do Paraguai por causa desse isolamento, mas alertou que “não nos vencerão” e que continuarão no caminho democrático até as eleições de 2013.
Durante seu discurso deste sábado, o chanceler Almagro condenou, o “embargo injustamente imposto contra Cuba”, se juntando aos outros governos latino-americanos que exigem dos Estados Unidos o fim desta medida unilateral que já dura mais de 50 anos.
Almagro denunciou “as graves violações aos direitos humanos que estão acontecendo na Síria” e disse que o Uruguai “apoia o papel mediador” da ONU. Luis Almagro também fez referência à aspiração de seu país de ser eleito como membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU para o período 2016-2017.
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