Brasil irá investir US$ 16 milhões em desenvolvimento sustentável

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, encerrou a Rio+20 na noite desta sexta-feira (22) com a adoção do documento “O Futuro que Queremos”. Durante a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, 193 países concodaram com diretrizes que levarão a um crescimento mundial não só econômico, mas também social e ambiental. A presidente anunciou que o […]

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A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, encerrou a Rio+20 na noite desta sexta-feira (22) com a adoção do documento “O Futuro que Queremos”. Durante a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, 193 países concodaram com diretrizes que levarão a um crescimento mundial não só econômico, mas também social e ambiental. A presidente anunciou que o Brasil irá investir US$ 16 milhões em fundos para a causa.

A atitude é um sinal do Brasil para estimular os países a contribuírem. A questão do financiamento internacional foi a tônica de toda a Conferência que começou no dia 13 de junho. Enquanto os países em desenvolvimento pediram a criação de um fundo de US$ 30 bilhões, os países ricos se recusaram a se comprometer com doações.

“Aplaudo em especial os países em desenvolvimento que assumiram compromissos, mesmo com a ausência de financiamento. O Brasil fará sua parte com a doação de  US$ 6 milhões para o fundo do Pnuma (Programa da ONU para o Meio Ambiente) para ajuda a países em desenvolvimento. Também acordados o investimento de US$ 10 milhões para enfretar mudanças do clima na África e pequenas ilhas”.

Vale lembrar que a China anunciou também na Rio+20 o investimento de US$ 6 milhões para o desenvolvimento sustentável em países mais pobres.

Para se ter uma ideia, o Brasil deu US$ 10 bilhões para o fundo do FMI contra a crise econômica e já recebeu mais de US$ 100 milhões em doações para o Fundo Amazônia.

Ponto de partida

Mais cedo, em coletiva de imprensa, a presidente já tinha afirmado que o documento aprovado é a base a partir da qual os países devem avançar e também tinha criticado a falta de investimentos.

“Construimos aqui consensos históricos, o que foi possivel naquele momento. É o ponto de partida e não de chegada. As nações chegaram até ali, não significa que os paises não podem ter suas próprias politicas. A partir deste momento, as nações devem avançar. Ninguém pode ficar aquém, todos devem e podem ir além dessa posição. Isso significa que a próxima  conferência tem que dar um passo a frente”, afirmou a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (22).

Durante os três dias de discursos oficiais e reunião de chefes de Estado houve muita crítica ao documento tanto por parte da sociedade civil, quanto dos presidentes participantes, porém o rascunho não foi alterado. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon , chegou a dizer estar decepcionado com o texto, mas depois voltou atrás e disse que a Conferência “era um sucesso”.

O Futuro que Queremos

Para a presidente, o documento traz avanços sobre desenvolvimento no ambiente e na erradicação da pobreza (veja aqui os principais pontos do texto).

Entre os principais pontos destacados pela presidente, está a inclusão no documento final a necessidade de se criar um índice de crescimento alternativo ao PIB (Produto Interno Bruto). “Não pode medir crescimento só com PIB, tem também as vertentes do social e ambiental. Esta é a primeira vez que isso foi introduzido em um documento final”.

Apesar de admitir que a declaração não é muito ambiciosa em suas metas, o governo aponta como avanços a criação de um fórum de alto nível e de grupos de trabalho para criar mecanismos de financiamento e metas para as três áreas centrais do desenvolvimento sustentável: social, ambiental e econômica.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, apontou o estabelecimento de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável como um dos grandes pontos do texto. Com ele, a partir de 2014 serão traçadas metas e prazos para medir e indicar o desenvolvimento dos países.

 

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