Brasiguaios pedem fim do isolamento do Paraguai, diz presidente

O presidente do Paraguai, Federico Franco, disse esta sexta-feira que são os próprios colonos brasileiros, conhecidos como “brasiguaios”, e seus descendentes, umas 400.000 pessoas que moram e trabalham no país vizinho, que pedem o fim do isolamento que o Brasil impõe ao governo paraguaio. “São os próprios cidadãos de origem brasileira que pedem ao governo […]

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O presidente do Paraguai, Federico Franco, disse esta sexta-feira que são os próprios colonos brasileiros, conhecidos como “brasiguaios”, e seus descendentes, umas 400.000 pessoas que moram e trabalham no país vizinho, que pedem o fim do isolamento que o Brasil impõe ao governo paraguaio.

“São os próprios cidadãos de origem brasileira que pedem ao governo brasileiro” que suspenda as restrições contra Assunção, afirmou o chefe de Estado paraguaio durante entrevista coletiva. “Nós não pressionamos ninguém”, afirmou o presidente paraguaio, em alusão a declarações de Marco Aurelio Garcia, assessor da presidente Dilma Rousseff, que afirmou que Franco coage os colonos brasileiros. Nossa relação sempre vai ser com o povo brasileiro”, acrescentou Franco.

Há 40 anos, produtores brasileiros e seus descendentes, também chamados “brasiguaios”, estão estabelecidos na região do Alto Paraná (sudeste do Paraguai). Durante o governo do destituído ex-presidente Fernando Lugo, os “brasiguaios” denunciaram o assédio de camponeses sem terra, conhecidos no país como “carperos”, supostamente financiados pelo governo, que invadiam suas propriedades alegando que os colonos possuíam títulos de propriedade falsificados.

“O que suas autoridades (brasileiras) e alguns assessores podem pensar, respeitamos. Mas levamos em conta que os paraguaios de origem brasileira hoje dormem felizes e tranquilos”, enfatizou Franco. Após a destituição de Lugo, Dilma e seus colegas da Argentina, Cristina Kirchner, e Uruguai, José Mujica, decidiram suspender o Paraguai do Mercosul e incluir a Venezuela, em um procedimento qualificado pelo governo de Franco como “ilegal e ilegítimo”.

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