Bovespa fecha em alta de 0,17% e dólar avança a R$ 2,057

A Bovespa registrou leve alta nesta segunda-feira (18), com investidores mostrando postura cautelosa diante dos sinais de agravamento da crise de dívida na Espanha, mas com alívio temporário diante do resultado das eleições na Grécia e a perspectiva de que seja formado um governo de coalizão no país na terça-feira. O Ibovespa, principal índice de […]

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A Bovespa registrou leve alta nesta segunda-feira (18), com investidores mostrando postura cautelosa diante dos sinais de agravamento da crise de dívida na Espanha, mas com alívio temporário diante do resultado das eleições na Grécia e a perspectiva de que seja formado um governo de coalizão no país na terça-feira. O Ibovespa, principal índice de ações na Bolsa paulista, registrou valorização de 0,16%, aos 56.195,21 pontos, no maior patamar de fechamento das últimas quatro semanas. O giro financeiro foi de R$ 11,6 bilhões, inflado pelo exercício de opções sobre ações na sessão. Em junho, o índice acumula alta de 3,13% e no ano, prejuízo de 0,98%. Veja ainda no UOL a cotação das ações e fechamentos anteriores da Bolsa. Já o dólar começou a semana em alta ante o real, também de olho no cenário da zona do euro. A cotação do dólar comercial avançou 0,62%, a R$ 2,057 na venda. Segundo operadores, a tendência da moeda norte-americana ainda deve ser de alta devido ao exterior, mas essa trajetória pode ser limitada, já que o mercado segue atento a uma possível atuação do Banco Central para conter distorções. A autoridade monetária não atua no mercado por meio de leilões de swap cambial tradicional há cinco sessões. Ações de destaque na Bovespa Na Bolsa paulista, a preferencial da Vale (VALE5.SA) subiu 0,81%, a R$ 38,71, e a da Petrobras (PETR4.SA) teve alta de 1,89%, a R$ 18,90. A OGX (OGXP3.SA), petroleira de Eike Batista, terminou a sessão estável, a R$ 9,98. A maior alta do pregão ficou com a ação da TAM (TAMM4.SA), que subiu 6,82%, a R$ 47. O novo leilão para troca de ações da área brasileira com a chilena LAN deve ocorrer na próxima sexta-feira (22). Redecard (RDCD3.SA) avançou 5,24%, a R$ 33,36, após o laudo de avaliação feito pelo Credit Suisse ter apurado valor econômico entre R$ 34,66 e R$ 38,12 para o papel, no âmbito da oferta pública de ações (OPA) da companhia, pelo Itaú Unibanco (ITUB4.SA). Em relatório, o Deutsche Bank afirmou que a nova avaliação valida a oferta feita inicialmente pelo Itaú Unibanco, de R$ 35 por ação, e deixa os minoritários com pouca opção a não ser aceitar a proposta. A expectativa dos analistas é que o negócio seja concluído entre agosto e setembro. Em sentido oposto, a BM&FBovespa (BVMF3.SA) fechou em queda de 3,07%, a R$ 10,41. Segundo estudo divulgado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta segunda-feira, há espaço para a entrada de concorrentes no mercado de Bolsa de Valores no Brasil, mas isso depende de mudanças regulatórias e não é certo que haja benefícios claros. A preferencial da Usiminas (USIM5.SA) recuou 5,5%, a R$ 7,04. Segundo operadores, investidores reagiam a notícia publicada no jornal “Valor Econômico” de que a companhia deve fazer oferta de ações para aumentar capital, diante de pesados investimentos em mineração em momento de fraca geração de caixa. Espanha, Grécia e G20 Apesar de um partido favorável ao pacote de resgate internacional ter vencido as eleições na Grécia no domingo, ainda há dúvidas quanto ao futuro do país e preocupações também com a Espanha, cujo custo dos empréstimos subiu de forma acentuada nesta segunda-feira. O rendimento do título espanhol de 10 anos, por exemplo, ficou acima dos 7%, nível considerado insustentável por analistas. Na Grécia, o partido de centro-direita Nova Democracia ainda vai tentar formar na terça-feira um acordo para um governo de coalizão. Além disso, o G20 -grupo que reúne as 20 maiores economias- realiza cúpula no México, onde líderes tem prometido tomar as medidas necessárias para combater a crise do euro e onde os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) concordaram em elevar suas contribuições ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Alívio temporário pós-eleições gregas Investidores do mundo todo respiraram aliviados após o resultado das eleições na Grécia, mas ainda aguardam ansiosos pela formação de um novo governo –prometida para esta terça (19). O partido de centro-direita Nova Democracia obteve uma vitória apertada, e agora tentam formar uma coalizão que apoie o resgate internacional ao país. A vitória relativa de um partido pró-resgate aliviou os temores de que a Grécia voltasse atrás nos acordos feitos em troca do socorro financeiro internacional, levando o país a um calote e até mesmo a sua saída repentina da zona do euro. Bolsas internacionais Os principais indicadores da Europa fecharam praticamente estáveis ou em queda. Temores sobre os custos de empréstimos de Espanha e Itália deixaram em segundo plano o alívio inicial com o resultado das eleições na Grécia. Enquanto o principal índice da bolsa de Atenas, o ATG, avançou 3,6%, outros indicadores nacionais da zona do euro sofreram abalos, como o italiano FTSE MIB, que caiu mais de 2%, e o espanhol IBEX, que recuou quase 3%. As ações asiáticas subiram mais de 1,5% na segunda-feira após a votação grega. A média de ações Nikkei do Japão fechou com alta de 1,77%, seu melhor fechamento em quase um mês. “É um rali temporário, mas estamos vendo amplos ganhos porque a situação global mudou agora que a perspectiva de um ‘Drachmageddon’ desapareceu”, afirmou o gerente-geral de investimento e pesquisa da SMBC Friends Securities, Fumiyuki Nakanishi, em Tóquio. (Com informações de Reuters e Valor)

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