Avançam as negociações sobre documento final da Rio+20
Uma nova rodada de negociações sobre o documento final que deve ser aprovado na Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), em junho, foi concluída nesta quarta-feira, na sede central da ONU, com certos avanços visando a criação de uma agenda global para um futuro sustentável. Representantes dos países-membros da ONU concluíram a […]
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Uma nova rodada de negociações sobre o documento final que deve ser aprovado na Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), em junho, foi concluída nesta quarta-feira, na sede central da ONU, com certos avanços visando a criação de uma agenda global para um futuro sustentável.
Representantes dos países-membros da ONU concluíram a primeira leitura informal desse documento final, um processo que serviu para apresentar apostas e ideias que fizeram com que o texto passasse de 20 a 178 páginas, segundo comunicado do secretário-geral da Rio+20, Sha Zukang.
“As conversas da última semana demonstraram que os Estados-membros estão comprometidos com a ação”, disse Zukang, que aplaudiu a atitude mostrada pelos países em Nova York, que demonstraram “o quanto a conferência é importante”.
O secretário da cúpula afirmou que “ninguém pode duvidar que todos os países querem tirar o melhor da Rio+20 e garantir que os líderes mundiais renovem seu compromisso político” no encontro que acontecerá em junho no Rio de Janeiro.
“Muitos países ressaltaram a necessidade urgente de mudar o curso das coisas, de mudar os padrões insustentáveis de consumo e produção por um futuro sustentável para todos”, disse Zukang.
Nas negociações, as delegações se centraram em acrescentar ideias para encontrar um “equilíbrio” entre os três pilares do desenvolvimento sustentável: a prosperidade econômica, o bem-estar social e a proteção do meio ambiente.
Esse equilíbrio é “vital” para garantir o futuro do documento final da Rio+20, segundo a ONU, que prevê que o texto recomende ações concretas para solucionar a falta de acesso à energia e à água, o desemprego, as crescentes desigualdades e a rápida urbanização, entre outros assuntos.
No entanto, o organismo reconheceu que, durante esta rodada de consultas, algumas delegações mostraram preocupação porque alguns “elementos-chave para a sustentabilidade” não estavam reproduzidos com clareza no documento.
A próxima sessão de negociações será realizada também na sede da ONU, de 23 de abril a 4 de maio, e a última rodada será no Rio de Janeiro, de 13 a 15 de junho, antes do início da cúpula, no dia 20 de junho.
Representantes de algumas organizações denunciaram vários países na terça-feira na ONU por tentarem eliminar as referências aos direitos humanos do documento.
As maiores críticas foram dirigidas ao Grupo dos 77 (países em desenvolvimento e emergentes) por suas manobras para que não haja referências concretas aos direitos das mulheres.
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