Atletas da região do lixão de Campo Grande tentam participar do brasileiro de taekewondo

Primeiro desafio é somar pontos para ranqueamento e garantir vaga na competição. O segundo dilema dos atletas é dinheiro para bancar gastos como a da alimentação

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Primeiro desafio é somar pontos para ranqueamento e garantir vaga na competição. O segundo dilema dos atletas é dinheiro para bancar gastos como a da alimentação

Nos dias 7 e 8 de julho acontece em Goiânia o Campeonato Brasileiro de Taekewondo. Por conta disto mais de 300 atletas de Mato Grosso do Sul somam pontos para tentar uma das vagas participando da 2ª Copa Amizade e 2ª Etapa do Estadual, no ginásio da Escola Status, no Jardim Paulista, em Campo Grande.

O segundo dia de ranqueamento acontece neste domingo das 8h às 11h e das 13h30 às 17h. Entre os participantes destacam-se crianças e adolescentes que frequentam o Projeto Asas do Futuro, que é realizado no bairro Dom Antônio Barbosa, região do lixão de Campo Grande.

De acordo com o coordenador e idealizador do projeto, que também é mestre de taekewondo faixa preta 5º Dan, Roberto Elias da Silva, os alunos aprendem controle, disciplina e respeito ao próximo nesta arte marcial. Para ter direito a uma vaga no projeto, o aluno precisar  estar matriculado e frequentando escola pública e ainda ter boas notas.

Uma das maiores lutas do projeto é conseguir recursos para que todos tenham condições de ir ao brasileiro. O transporte já está garantido, mas a preocupação agora é com os gastos em Goiânia como, por exemplo, alimentação.

Rayro Hoffimiestre, 15 anos, é um dos atletas que participa do projeto. O pai dele é catador de recicláveis no lixão de Campo Grande há um bom tempo. De acordo com o adolescente, o rendimento mensal não chega a um salário mínimo e é para o sustento de cinco pessoas.

Desde 2010 aprendendo as técnicas do taekewondo, Rayro sonha em ir para Goiânia, inclusive já está com pontuação para isto. “Tomara que meu pai junte bastante latinha pra ganhar mais”, torce.

Izabella Carolina Alves, 14 anos, (faixa verde), Mikaelli Ferreira, 14 anos (faixa amarela), moram no bairro Lageado e frequentam o projeto. Elas também sonham em disputas nacionais. Já Ligislaine Batista, 13 anos, conseguiu pontuação suficiente para ir ao brasileiro em Goiânia. Ela mora com a avó e torce para que o pai consiga os recursos necessários para a viagem. Quem quiser colaborar com o projeto pode ligar no 9253-3035, falar com o professor Roberto.

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