Aterro sanitário inicia atividades e começa a receber lixo para tratamento

Nelsinho disse que o aterro atende as exigências e requisitos apresentados no edital e que a agência de regulação é o órgão responsável por fiscalizar

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Nelsinho disse que o aterro atende as exigências e requisitos apresentados no edital e que a agência de regulação é o órgão responsável por fiscalizar

Após a liberação judicial, o aterro sanitário Dom Antônio Barbosa iniciou na manhã desta quarta-feira (28), as atividades com a chegada do primeiro caminhão com o destino final do lixo. No local, o prefeito de Campo Grande Nelson Trad Filho informou que as obras da usina de reciclagem serão concluídas antes do Natal e que em quatro anos 100% do lixo será reciclado.

O prefeito disse que nunca teve dúvidas do processo de transparência por ter contado com recursos federais e da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e que após 30 anos, finalmente Campo Grande vai ter um local de destinação correta paro lixo.

“Às vezes o que acontece é questão política porque é conveniente. As pessoas acabam colocando defeito nos projetos pela proximidade da saída.”

Nelsinho reforçou ainda que o aterro atende as exigências e requisitos apresentados no edital e que a agência de regulação é o órgão responsável por fiscalizar.”.

Funcionamento

O lixo in natura vai ser separado por esteiras e levado para o aterro somente o que não se aproveita normalmente. O churume vai ser tratado pela estação de tratamento de esgoto, saindo do macro anel até a estação.

Uma unidade de separação e beneficiamento tratará dos resíduos do aterro. O consórcio vencedor do processo licitatório irá cuidar do desaparecimento do lixão.

Frota

Foram disponibilizados 74 veículos para a frota, dos quais são divididos em três segmentos. O primeiro trata-se da Operação Direta, com 35 coletores, sendo três para coleta seletiva e três para resíduos sólido de saúde.

Em seguida, tem a Operação de Apoio, com 21 veículos entre carros de passeio, microônibus e ônibus. Para finalizar, vem a Operação Aterro, em que é feito com três esteiras, uma escavadeira, um rolo compressor e cinco caminhões de transbordo em um patrol.

Avanços

O secretário de infraestrutura, João Antônio De Marco, disse que o projeto é um avanço no ponto de vista do desenvolvimento urbano e social. “O aterro atende a todas as normas técnicas de engenharia sanitária e ambiental. As pessoas têm direito de embargar, porém é a justiça quem decide.”.

Conforme o secretário de governo, Rodrigo Aquino, o laudo de vistoria realizado pela Funasa atestou que não há nada de irregular no aterro e por isso voltou a funcionar. “Os benefícios são a nova modelagem, o resgate social, pois não têm pessoas convivendo com o lixo e que Campo Grande sai na frente já antecipa o cumprimento da diretriz nacional de 2014 sobre coleta seletiva.”.

Justiça

Na última quarta-feira (21), a juíza Ana Lya Ferraz da Gama Ferreira, substituta em exercício na 1ª Vara Federal, suspendeu até o dia 31 de dezembro deste ano o início da execução do contrato entre a prefeitura de Campo Grande e o consórcio CG Solurb, especificamente as obras a serem realizadas no lixão e no aterro sanitário Dom Antônio Barbosa II, bem como a inauguração do aterro.

A decisão é baseada em uma denúncia do Ministério Público Federal, que aponta que obras no aterro sanitário foram paralisadas entre 2008 e 2012 e, mesmo assim, outra licitação foi aberta este ano para que a concessionária as finalizasse, fato entendido como irregular, já que a empresa que fazia a gestão do lixo em Campo Grande deveria ter concluído as obras.

O inquérito apresentava também possíveis irregularidades de ordem técnica nas obras, como a substituição de mantas de impermeabilização de 1,0 milímetro para 1,5 milímetro e realização de 42% da obra, com repasse de 80% pelo Ministério das Cidades.

Ana Lya Ferreira pediu também o bloqueio dos valores relativos ao repasse do Ministério das Cidades para a prefeitura de Campo Grande.

O Ministério Público Federal questionou porque o contrato anterior ficou parado por quatro anos e não foi devidamente cumprido, por isso suspendeu o início dos trabalhos pela nova contratada.

 

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