Após reconstituição, delegado vai indiciar cinco que atearam fogo em jovem

Delegado Weber Luciano fez na noite desta quinta-feira (22), a reconstituição do atentado com os cinco envolvidos

Missão cumprida. Foi desta maneira que o delegado Weber Luciano de Medeiros, responsável pelas investigações do atentado contra Levi da Costa, de 22 anos, definiu o andamento do inquérito. Além da prisão dos cinco acusados, a Polícia realizou uma reconstituição no local do crime na noite de ontem (22), na rua Falcão, bairro Morada Verde, em Campo Grande.

“Na próxima terça-feira (27), teremos o laudo do exame de corpo e delito da vítima, que continua internada. E, no outro dia acaba o período de prisão temporária do bando. Então fizemos uma reprodução do crime na íntegra, com a intenção de repassar reais provas ao Ministério Público e também para que o juízo tenha facilidade de acatar a denúncia”, explica o delegado.

Com a reconstituição, o delegado conta que desmentiu versões dos suspeitos, inclusive a de Thiago Vieira da Silva, 27 anos, que em um primeiro afirmou que somente agrediu a vítima. “Na verdade foi ele quem ateou o fogo. E cada um tem a sua participação nas agressões, amarrando com corda, vendo a barbárie e até servindo de isca”, alega o delegado.

Foi comprovado que Levi começou a ser agredido no quintal de um centro catequético, depois foi ao meio da rua e por fim parou em meio ao matagal, onde foi amarrado e sofreu o atentado. “Com o fogo no corpo ele saiu correndo, gritando e pedindo socorro. Ao final ele foi parar bem longe de onde estava”, explica o delegado.

Um detalhe, que o delegado afirma ser crucial, diz respeito à atitude de Thiago Segóvia de Moura, 22 anos. “Quando o Thiago ficou sabendo que Levi estava internado, na madrugada de sábado (10), ele foi ao hospital com a desculpa de levar frutas a vítima, quando na verdade queria concluir o crime. Ele só não entrou porque foi impedido pelo pai de Levi e seguranças do hospital”, conta o delegado.

Segundo o delegado Weber, os cinco acusados, entre eles Lucilene Tavares dos Santos, 36 anos, ex-mulher de Levi, Renato dos Santos Almeida, 28 anos, Luiz Ricardo Vieira da Silva, 23 anos, Luiz Henrique dos Santos, 53 anos e Vagner Miranda da Silva, 34 anos, serão indiciados por tentativa de homicídio triplicamente qualificado.

“Os agravantes são a formação de quadrilha, o motivo fútil já que uma dívida de R$ 450 não justifica tentar matar uma pessoa e a crueldade severa do crime”, afirma o delegado.