Apetite estrangeiro deve acelerar fusões no Brasil em 2012
O apetite de grandes investidores globais, como fundos soberanos e gestores de private equity, deve acelerar o mercado de fusões envolvendo empresas brasileiras ao longo de 2012, segundo profissionais de instituições financeiras. Mesmo com a desaceleração econômica global, em meio à crise de dívida na zona do euro, a compra e a venda de participações […]
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O apetite de grandes investidores globais, como fundos soberanos e gestores de private equity, deve acelerar o mercado de fusões envolvendo empresas brasileiras ao longo de 2012, segundo profissionais de instituições financeiras.
Mesmo com a desaceleração econômica global, em meio à crise de dívida na zona do euro, a compra e a venda de participações de companhias do país teve leve crescimento no primeiro trimestre, pontuada sobretudo pelo leilão de concessões de aeroportos, segundo levantamento da Thomson Reuters.
As 175 transações anunciadas no período envolvem um volume financeiro de 21,95 bilhões de dólares, uma expansão de 5,6 por cento em relação a igual período de 2011.
A venda do direito de exploração dos terminais de Guarulhos, Viracopos e Brasília, em fevereiro, respondeu por cerca de um terço desse montante.
Esse movimento compensou a queda das transações com empresas ligadas ao mercado doméstico, num momento de menos brilho da economia, que o governo tenta acelerar com medidas como corte de juros e de impostos para incentivar o consumo.
Especialistas da área de fusões acreditam que o segmento de infraestrutura deve seguir como um dos destaques nos próximos meses, em meio à movimentação do governo e do setor privado em torno de projetos ligados a transportes e energia, por exemplo.
“O Brasil precisa de muita infraestrutura relacionada principalmente ao crescimento e relacionado aos eventos que vai sediar nos próximos anos”, disse o diretor gerente da área de banco de investimento do Citigroup David Panico. “É natural que a onda de investimentos venha para setores que apresentam um grande potencial de crescimento.”
No entanto, a perspectiva de especialistas é de que esse movimento se intensifique com a volta de anúncios envolvendo companhias ligadas a consumo, assim como em commodities e de óleo e gás.
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