Anvisa recebe reclamações de próteses de silicone holandesas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou na segunda-feira que recebeu reclamações sobre as próteses mamárias de silicone fabricadas com material irregular da marca holandesa Rofil. Técnicos da agência estão analisando a documentação da prótese no país. A Anvisa deve dar mais detalhes sobre o implante nesta terça-feira. De acordo com a Sociedade Internacional…

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou na segunda-feira que recebeu reclamações sobre as próteses mamárias de silicone fabricadas com material irregular da marca holandesa Rofil. Técnicos da agência estão analisando a documentação da prótese no país. A Anvisa deve dar mais detalhes sobre o implante nesta terça-feira.
 
De acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), tanto a marca holandesa Rofil quanto a francesa PIP utilizaram silicone industrial no preenchimento dos implantes – fato que aumenta as chances de ruptura do material mais cedo que o previsto.
 
Na Holanda, as vendas do silicone da Rofil foram banidas há dois anos e as autoridades locais ainda estão investigando a empresa. No Brasil, elas são conhecidas como “M-Implants” e são comercializadas pela Pharmedic Pharmaceuticals Importação.
 
Fiscalização – Depois de virem à tona os problemas envolvendo a prótese francesa PIP, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve tornar mais rígida a fiscalização de implantes mamários de silicone. A proposta é fazer testes com lotes do produto antes da liberação no mercado, a exemplo do que já é feito com camisinhas, seringas e luvas descartáveis.
 
A mudança começou a ser analisada em 2010, quando a prótese mamária teve sua venda suspensa no Brasil, mas ganha ritmo agora, com o cancelamento do registro do produto. O gerente da Anvisa, Joselito Pedrosa, afirma que a equipe técnica deverá em breve apresentar a proposta de mudança de regras para diretoria da agência.

 A mudança se encaixa na reivindicação que Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica deverá fazer à Anvisa. A entidade quer que a agência aperte a fiscalização e faça periodicamente testes no material, para evitar fraudes como a que ocorreu com o implante francês, fabricado com um silicone que não está registrado para uso médico.

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