Agetran copia cidades modelo e ensina pedestre a estender a mão para atravessar

O que é bom e está dando certo até no trânsito se copia. Tendo como modelo Brasília, Curitiba (PR) e alguns municípios de São Paulo, cidades modelo no que se refere ao comportamento de pedestres e motoristas, de acordo com a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), agentes estão sendo orientados a conversar com […]

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O que é bom e está dando certo até no trânsito se copia. Tendo como modelo Brasília, Curitiba (PR) e alguns municípios de São Paulo, cidades modelo no que se refere ao comportamento de pedestres e motoristas, de acordo com a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), agentes estão sendo orientados a conversar com pedestres, para explicar a necessidade de eles realizarem o ato de estender a mão para atravessar as vias públicas.

”Na 3ª fase da campanha Pedestre Eu Cuido, estamos monitorando o trânsito e ajudando o pedestre a fazer a travessia. Temos de demonstrar a ele o gesto de estender a mão, o que indica a necessidade de atravessar a rua. Ao invés de fazermos a ordem de parada, ensinamos o pedestre a esticar a mão como um sinal aos motoristas”, afirma a agente de trânsito Dalila Bonfim.

Não só como um sinal de cortesia, a agente Bonfim explica que a parada para o pedestre também serve como um sinal de alerta para a alta velocidade. “Ainda mais nos horários de pico, onde o condutor deve respeitar a velocidade da via e isso muitas vezes não acontece, causando inúmeros acidentes em pontos críticos”, diz a agente Bonfim.

Uma dos locais seria o cruzamento da avenida Afonso Pena com a rua Artur Jorge. Recentemente os bombeiros atenderam, quase ao mesmo tempo, dois acidentes no local e pelo mesmo motivo: quando o motorista freava para a passagem do pedestre, o condutor que estava atrás batia na traseira do veículo porque estaria em alta velocidade.

“Foi por isso que escolhemos este local. Quem não para recebe a notificação. E isso está no Código de Trânsito Brasileiro, que diz que temos a obrigação de parar para o pedestre. Na verdade, é uma questão de hábito que temos que colocar na cabeça das pessoas”, diz a agente.

No trânsito, muitas vezes quem respeita o pedestre ‘corre o risco’ de ser atingido

”No geral as pessoas estão desatentas, mas ainda existem aqueles que respeitam e até disparam a luz do freio, que é desnecessária, para a passagem do pedestre. E em Campo Grande não existe nenhuma via que permite mais de 80 km/h, então quem dirige nesta velocidade está sendo imprudente”, comenta a agente.

O servidor público Messias Neves, 63 anos, conta que mesmo estendendo a mãos os carros param ‘em cima’ da faixa. “É possível em alguns casos a gente quebrar o braço ao exigir a parada dos carros, que. Isso só não acontece com taxistas e motoristas de ônibus, que estão a todo o momento no trânsito”, disse o servidor.

Em viagem recente a Brasília, a delegada Franciele Candotti conta que viu como ‘está dando certo a cultura de estender a mão para atravessar na cidade’.

“Quando voltei para Campo Grande, tentei agir correto e fui parar para um pedestre passar em frente ao camelódromo. Neste momento um motorista bateu na traseira do meu carro. Muitas vezes eles não pagam o prejuízo e, na dúvida, muito motorista nem para mais. Então, quem respeitar fica em uma saia justa”, avalia a delegada.

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