A dois anos da Copa, governo ainda quer incluir itens em orçamento; custo deve subir R$ 4 bi

Faltando pouco mais de dois anos para a Copa do Mundo de 2014, a lista de providências que o Brasil precisa tomar para realizar o Mundial ainda não está completa. O governo pretende incluir novos itens na chamada Matriz de Responsabilidades da Copa ainda neste ano. Todos eles devem encarecer em até R$ 4 bilhões […]

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Faltando pouco mais de dois anos para a Copa do Mundo de 2014, a lista de providências que o Brasil precisa tomar para realizar o Mundial ainda não está completa. O governo pretende incluir novos itens na chamada Matriz de Responsabilidades da Copa ainda neste ano. Todos eles devem encarecer em até R$ 4 bilhões a preparação do país para o torneio.

Atualmente, a lista de tudo que é necessário para garantir que a Copa do Mundo do Brasil aconteça sem problemas está orçada em R$ 27,1 bilhões. Esse valor consta do último balanço das obras da Copa, divulgado em maio. Ele leva em consideração o custo dos estádios, dos aeroportos, das obras de mobilidade urbana e dos portos.
 
Acontece que esse balanço ainda não inclui todos os investimentos necessários na área de segurança, turismo, hotelaria e energia. Depois que todos os custos desses investimentos forem detalhados, eles serão incluídos na matriz do Mundial de 2014. Com eles, todo o orçamento da Copa pode atingir cerca de R$ 31 bilhões.
 
O valor foi confirmado pelo secretário-executivo do Ministério do Esporte e novo membro do Comitê Organizador Local da Copa (COL), Luis Fernandes. Ele falou sobre a inclusão de novos itens no orçamento do Mundial após um evento no Rio de Janeiro, na semana passada.
 
“A primeira previsão do governo já é de que a Copa custe aproximadamente R$ 31 bilhões”, disse Fernandes. “Estamos hoje em R$ 27 bilhões. Então, ainda trabalhamos dentro da margem da primeira previsão.”
 
Segundo Fernandes, a inclusão dos novos itens na Matriz de Responsabilidades da Copa faltando menos de 750 dias para o início da torneio também já era prevista. De acordo com ele, tudo isso segue o planejamento traçado pelo governo desde de que o Brasil foi confirmado como sede do Mundial.
 
Fernandes explicou também que todos os novos investimentos fazem parte do segundo ciclo de preparação do país para a Copa. Nessa fase, todas as estruturas de serviços precisam ser definidas. Vários ministérios trabalham nessa fase. Por isso, ela toma mais tempo.

Membros do COL e da Fifa também integram esse trabalho. Na última quinta-feira, inclusive, eles estiveram reunidos com o governo em Brasília para discutir a questão de hospedagem.
 
Até o final do ano, porém, tudo isso deve já estar planejado e devidamente incluído na matriz da Copa. Assim, haverá um ano e meio para executar todas as medidas.
 
Segundo o Ministério do Esporte, depois deste segundo ciclo de planejamento, ainda haverá um terceiro. Neste, Fifa e governo trabalharão em conjunto para acertar detalhes sobre malha de vôos no Brasil, transporte e segurança de autoridades e outros pontos. Nesse ciclo, porém, não estão previstos grandes investimentos.
 
De acordo com o último balanço de obras da Copa do Mundo, das 101 previstas, 41 nem começaram. Apenas 5 já foram concluídas e outras 55 seguem em andamento.
 
Para o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, essa situação está dentro do esperado pelo governo federal. Segundo ele, tudo o que foi incluído na matriz estará pronto em 2014.

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