62% das rodovias estaduais de MS são ruins ou péssimas
A CNT (Confederação Nacional dos Transportes) divulgou nesta quarta-feira (24) a avaliação realizada nas rodovias que cruzam o país. No Mato Grosso do Sul, em um total de 4.762 km de rodovias pesquisados, 37,3% foram considerados ótimo ou bom, enquanto 62,7%, considerados ruim, regular ou péssimo. O levantamento foi feito segundo aspectos de sinalização, pavimento […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
A CNT (Confederação Nacional dos Transportes) divulgou nesta quarta-feira (24) a avaliação realizada nas rodovias que cruzam o país. No Mato Grosso do Sul, em um total de 4.762 km de rodovias pesquisados, 37,3% foram considerados ótimo ou bom, enquanto 62,7%, considerados ruim, regular ou péssimo.
O levantamento foi feito segundo aspectos de sinalização, pavimento e geometria de 100% da malha federal pavimentada, das principais rodovias estaduais pavimentadas e concessionadas.
Foram pesquisados 95.707 km durante 37 dias, entre 25 de junho e 31 de julho. Desse total, 60.053 (62,7%) apresentam algum tipo de deficiência. Em relação ao pavimento e à sinalização, 43.981 km (45,9%) e 63.410 km (66,2%), respectivamente, apresentam problemas.
Mato Grosso do Sul
Do total de rodovias pesquisadas, 3.867 km correspondem a estradas federais e 405 km às estaduais. Foram verificados cinco pontos críticos em todo o Estado relacionados a erosão na pista.
Na extensão federal, 40,9% da malha foi considerada ótima ou boa, e 59,1% ruim, regular ou péssima. Já o trecho considerado sob gestão pública 37,3% foram considerados ótimo ou bom, enquanto 62,7%, considerados ruim, regular ou péssimo.
As principais variáveis verificadas quanto ao tipo de rodovia foram: pista dupla com canteiro central (1,4% – 59 km) e pista dupla com faixa central (0,7% – 31 km).
Quantos as faixas centrais, as pinturas das faixas visíveis foram verificadas em 1.749 km (40,9%). Já a pintura das faixas desgastadas, em 2.469 (57,8%), enquanto em 54 km (1,3%) não foram encontrados qualquer tipo de faixa.
A condição da superfície do pavimento foi considerada totalmente perfeita em 974 km (22,8%); Considerada desgastada em 3.0264 km (70,8%); Avaliada com remendos em 244 km (5,7%). Em nenhum trecho, as rodovias que cruzam o MS foi considerada como totalmente destruída.
As faixas laterais foram consideradas visíveis em 1.313 km (30,7%); Desgastadas em 2.752 km (64,4%) e inexistentes em 207 km (4,8%).
As placas foram avaliadas como legíveis em 2.266 (56,4%); Desgastadas em 1.749 km (43,5%) e totalmente ilegíveis em 3 km (0,1%).
Investimentos mínimos necessários
Com uma avaliação baseada em custos médios gerenciais do DNIT, com referência ao mês de março de 2012, a pesquisa fez uma estimativa para o valor gasto na recuperação das rodovias no Estado.
Para a recuperação do pavimento a avaliação aponta que 274 km do trecho que possui trincas, buracos, ondulações e afundamentos devam restaurados, com um custo de R$ 675.000 por quilômetro, ou R$ 180 milhões. Já a manutenção em trechos desgastados deveria ser realizada em 3.024 km, a um custo de R$ 500.000 por quilômetro, totalizando R$ 1,51 bilhão.
Com relação a conservação das rodovias, as pistas simples de mão dupla deveriam receber investimentos para 4.182 km, a um custo de R$ 41.000 por quilômetro, num total de R$ 171,46 bilhões. Já as rodovias com pista dupla, a conservação deveria ser aplicada em 90 km de pista, a um custo de R$ 75.000 por quilômetro, totalizando R$ 6,75 milhões.
Resultados das rodovias
Conforme a pesquisa, as piores rodovias que cruzam o Mato Grosso do Sul são a MS-217 (próximo a Coxim) e BR-359 (na divisa com Goiás), consideradas ruins em seis quilômetros de extensão com relação ao estado geral, pavimento e geometria. As rodovias foram consideradas péssimas quanto à sinalização.
A BR-483 (Paranaíba), sete quilômetros foram avaliados como péssimo quanto ao estado geral, sinalização e geometria.
A BR-497 (Paranaíba), em 20 km foi avaliada como ruim o estado geral, pavimento e sinalização. A geometria foi considerada péssima.
A rodovia mais bem avaliada foi a BR-359 (divisa entre MS e GO). Em uma extensão de 244 km, foram considerados como sendo bom, o estado geral foi e a geometria. O pavimento foi avaliado como ótimo e a sinalização, regular.
Infraestruturas e apoio
A rodovia melhor estruturada é a BR-163, em um trecho que compreende os municípios de Sonora à Mundo Novo. Em uma extensão total de 847 km foram verificadas pelo menos 40 borracharias, 25 concessionárias de caminhões ou oficinas mecânicas, 34 postos de abastecimento e 41 restaurantes e lanchonetes.
Nas rodovias MS-377 (130 km, liga Água Clara a Inocência), MS-443 (10 km – Itaporã), MS-444 (7 km – divisa entre Três Lagoas e Ilha Solteira-SP), BR-483 (7 km – Paranaíba) e BR-497 (20 km – Paranaíba) não foi identificado nenhum tipo de infraestrutura de apoio.
Ranking
A pesquisa fez um ranking de 109 ligações rodoviárias. São trechos representados por uma ou mais rodovias, de grande importância para o transporte de cargas e de passageiros. Mato Grosso do Sul teve três trechos incluídos na avaliação.
No trecho a partir de Ponta Porã até a cidade de Rondonópolis-MT, que compreende as rodovias BR-060, BR-163 e MS-223/BR-359, a avaliação foi definida como ‘bom’, ficando com o 51º lugar no ranking.
As BR-060 e 262 entre Três Lagoas e Corumbá, foi considerada regular e ficou na 61º colocação entre as melhores rodovias.
Em 87º, ficou o trecho entre os municípios de Rio Brilhante e Porto Murtinho, que compreende as BRs-267 e 419. O trecho foi avaliado como regular.
CPI Cachoeira investigou obra na MS-377
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga contratos da construtora Delta com o governo do Mato Grosso do Sul – através do Dnit/MS, determinou no dia 14 de agosto que o governo apresente seus contratos com a empreiteira, principal abastecedora do caixa do contraventor Carlinhos Cachoeira, a partir de repasses milionários para empresas fantasmas do esquema, como a construtora Brava.
Somente essa empresa recebeu cerca de R$ 300 milhões, oriundos de obras superfaturadas da Delta Construções.
No Mato Grosso do Sul, a Delta assinou contrato para o recapeamento da MS-377, que liga Água Clara à Inocência.
Brasil
Na comparação com os resultados do ano passado, aumentou o percentual geral de rodovias com algum tipo de deficiência. Em 2011, o índice foi de 57,4%. Também foi constatado um aumento nos problemas de sinalização, presentes em 66,2% dos trechos avaliados em 2012, enquanto em 2011 o índice foi de 56,9%.
A ocorrência de faixas centrais desgastadas ou inexistentes aumentou 28,1%, enquanto o aumento das faixas laterais desgastadas ou inexistentes foi de 27,7%. As placas encobertas pelo mato também tiveram aumento de 2,4%.
A CNT estima que a necessidade de investimento para a modernização da infraestrutura rodoviária no Brasil seja de cerca de R$ 170 bilhões, a serem aplicados na construção de novas rodovias e em obras de duplicação, pavimentação, recuperação, entre outras intervenções.
Clique aqui para acessar o relatório da pesquisa.
Notícias mais lidas agora
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
- Ex-superintendente de Cultura é assassinado a pauladas e facadas no São Francisco em Campo Grande
Últimas Notícias
Rapaz é encaminhado para pronto-socorro após ser esfaqueado na Orla Ferroviária em Campo Grande
Após sofrer o ferimento, vítima caminhou até a esquina da Calógeras com a Maracaju, onde pediu socorro a populares
Jovem de 20 anos é ameaçado após comprar pacote de conteúdo adulto em Campo Grande
Coagido, rapaz atendeu às ameaças do autor, que exigiu dinheiro para não divulgar conversas
Enfermeira procura polícia para denunciar paciente em Campo Grande
Paciente da Santa Casa chamou enfermeira de “gorda” e ainda ameaçou profissionais: “Vocês não servem pra nada”
Golpe do voucher: criminosos usam nome de restaurante para hackear pessoas em Campo Grande
Alerta! Conta falsa no Instagram está se passando por um restaurante de Campo Grande e aplicando golpes em moradores da capital
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.