Um ano após o terremoto no Haiti, só 5% dos escombros foram retirados
Um ano após o terremoto que devastou o Haiti, apenas 5% dos escombros foram retirados. De acordo com o vice-almirante Ney Zanella, a tarefa das tropas brasileiras de reconstrução e pacificação do país fica extremamente difícil devido à desordem social que impera no Haiti. “Após o terremoto houve uma nova configuração no preparo das nossas […]
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Um ano após o terremoto que devastou o Haiti, apenas 5% dos escombros foram retirados. De acordo com o vice-almirante Ney Zanella, a tarefa das tropas brasileiras de reconstrução e pacificação do país fica extremamente difícil devido à desordem social que impera no Haiti.
“Após o terremoto houve uma nova configuração no preparo das nossas tropas. Tivemos de dobrar o efetivo. O Brasil mandou dinheiro para reconstrução e quatro navios. A situação do país é muito crítica. O acesso aos escombros é difícil”.
As tropas brasileiras chegaram ao Haiti em 2004, após um pedido da Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo era fortalecer a segurança do país, que estava passando por um período de instabilidade política com a fuga do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide. Após o terremoto de 12 de janeiro de 2010, as tropas também assumiram os trabalhos de reconstrução do país. O Brasil é o país que tem mais militares atuando no Haiti. De acordo com Zanella, são 2,2 mil homens e mulheres distribuídos em dois batalhões e uma companhia de engenharia. O efetivo da ONU é composto por 8,5 mil militares de 19 países.
“A situação do Haiti estava segura e estável entre 2004 e 2009. Por isso, o contingente teria condições de aumentar o efetivo de reconstrução. Mas, nesse período, aconteceu a catástrofe e o trabalho de reconstrução aumentou”, disse o militar brasileiro.
Depois do terremoto, ainda em 2010, o país sofreu mais duas catástrofes: o furacão Thomas e uma epidemia de cólera, que deixou 180 mil doentes e 3,7 mil mortos. Cerca de 1,5 milhão de pessoas vivem em barracas de lona e plástico e são mantidas apenas com ajuda humanitária. “A situação é bastante crítica. Ainda não há segurança, porque a situação não está normal”, afirmou o vice-almirante.
Ele lamentou a falta de perspectiva para a retirada das tropas brasileiras do Haiti. O Brasil gasta US$ 240 milhões por ano para manter seu contingente na força de paz, dinheiro que é ressarcido pela ONU. “A ONU já renovou a permanência do Brasil no Haiti por mais um ano. Pelo menos até outubro de 2011. Com pessoas desabrigadas, sem emprego, sem condições de vida, é difícil sair”.
Zanella informou que o Brasil está desenvolvendo projetos em várias áreas, como saúde e educação, para ajudar a população haitiana. Para o vice-almirante, a mobilização internacional foi fundamental após o terremoto, mas, agora, o país está precisando de muito dinheiro para ser reconstruído. “A ajuda humanitária não veio. O dinheiro não chegou. Uma das propostas que o Brasil fez foi restabelecer a energia. Nós oferecemos uma hidrelétrica e mais U$40 milhões, que foram depositados no fundo da ONU”.
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